Autor Data 23 de Setembro de 1982 Secção Mistério... Policiário [367] Competição Torneio
“Do S. Pedro ao Natal” - 82 Problema nº 4 Publicação Mundo de Aventuras [467] |
E TUDO O VENTO LEVOU… Nero Wolfe Na
esquadra da polícia nada bulia; o sargento David ressonava a um canto,
enquanto o polícia de serviço lia um livro policial. Mas, como sempre acontece
quando tudo está calmo, o inoportuno telefone tocou… O
sargento David pestanejou, resmungou e… atendeu. –
Está lá? –
… –
Um homicídio na Rua do Norte? –
… –
Vou já para aí! Dirigiu-se
rapidamente para a porta e saiu deixando-a aberta, fazendo assim com que o
vento norte, que soprava desde a noite anterior com inaudita violência,
invadisse o aposento. Na
rua um vento gelado fez com que ele se apressasse a entrar no carro, mas
chegado a meio do caminho, viu-se obrigado a abandonar o automóvel, visto a
rua estar em obras. Dez
minutos mais tarde vamos encontrá-lo a subir a Rua do Norte tendo, em
crescendo, os números pares à sua direita e os ímpares à esquerda e a tentar
combater o vento que se lhe apresenta agora, de frente. Chegado
mais ou menos a meio do percurso da rua, vê um corpo caído (praticamente em
frente do nº 40) e rodeado por um cordão de mirones, contidos pela polícia.
(A Rua do Norte subia ligeiramente do princípio até quase ao fim, nº 80,
quando começava a descer até às suas esquinas, nº 92 par e 91 ímpar). –
Benedito Ferreira, morador na Rua Nova, no outro lado da cidade – disse um
polícia, identificando o morto. Depois
de ter chamado o médico legista, o sargento foi interrogar os suspeitos, que
faziam parte do grupo de mirones, suspeitos por morarem naquela rua e
suspeitos por conhecerem o morto. O
primeiro suspeito – Carlos Matos, morava no cimo de rua (nº 70); estava
deitado a ler quando ouviu um grito. O
segundo suspeito – José Correia, morador no princípio da rua (nº 20); estava
a fazer o jantar (morava sozinho), quando ouviu um tiro logo seguido de um
grito. Viera à porta ver o que acontecera e vendo um corpo caído à distância
chamou logo a polícia, pelo telefone. Aliás a esquadra é no fim da rua,
depois da bomba. O
terceiro suspeito – Manuel Palma, morava também no princípio da rua (nº 17);
ouvira um tiro e um grito mas como estava vendo um filme de terror, pensou
ser imaginação sua. De
volta à esquadra, o sargento virou-se para o polícia de serviço e disse-lhe: –
Passe aí um mandado de captura em nome de… Perguntas:
1
– Em nome de quem foi passado o mandado de captura? 2
– Explique convenientemente o seu raciocínio. |
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© DANIEL FALCÃO |
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