Autor

N. N.

 

Data

1 de Março de 2007

 

Secção

Mundo dos Passatempos [25]

 

Publicação

O Almeirinense

 

 

LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO…

N. N.

 

Tenho na minha frente os três suspeitos do roubo na Ourivesaria Universal, cujo proprietário é perito e negociante de diamantes raros, consequentemente, de valores elevados. Tudo averiguado, visto, revisto e ponderado, não restam dúvidas de que os larápios, também eles especialistas em diamantes, haviam combinado e concretizado o roubo. Será supérfluo qualquer relato.

Artur Manhoso, Benjamim Levezinho e Tomás Ligeiro são os seus nomes, talvez falsos, em todo o caso nomes. Dúvidas sobre a participação comum no roubo não existiam; daí, a sua prisão, ainda que preventiva, para cumprir a lei. O caso complica-se por existir, entre eles, um ladrão de ladrões. Explico: o que ficara com a missão de guardar o fruto da gatunice achou mais fácil ou útil ficar com tudo. Qual deles? Dois foram sócios em vários “negócios”; o terceiro, de compleição atlética, cabelos negros, brilhantina a rodos, dedicava-se – um dos seus talentos – a motorista de famílias ricas… nas horas vagas, é claro! E fora este que Artur convidara em primeiro lugar para o golpe. Benjamim e o ladrão eram louros naturais.

Estas as conclusões a que cheguei, para apurar quem era o ladrão do ladrão. Não ia dar “cem anos de perdão”, como diz o provérbio, lá isso não, porque ladrão de ladrão é duas vezes ladrão. Estão a seguir o raciocínio?

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO