Autor Data 27 de Fevereiro de 1994 Secção Policiário [139] Competição Torneio Rápidas Policiárias
1994 Prova nº 4 Publicação Público |
Solução de: ENIGMA AO ENTARDECER O Falcão Acerta quem escolher a
alínea B. A chave do problema está no cartão que se encontra “entre os dedos
crispados” da vítima e na tentativa de o tirar da mão da vítima, com alguma
dificuldade, sem o rasgar. A dificuldade de o detective
tirar o cartão sem o rasgar demonstra que o cadáver já apresenta um sintoma
de princípio de rigidez cadavérica, o qual se começa a manifestar três a
quatro horas “post mortem”.
A janela aberta e a consequente entrada de ar fresco colaboram na
apresentação do sintoma. Assim, a esposa não podia ter encontrado o marido vivo
às cinco horas e um quarto, pois ele já teria morrido há pelo menos três
horas, antes das três da tarde. Só tem interesse em mentir, sendo ela a
autora do homicídio, o qual teria ocorrido entre as duas (altura em que o
secretário lhe foi levar a correspondência) e as três da tarde. Também seria
ela quem teria mais facilidade em agarrar a estatueta, passar por detrás do
marido, sem que ele desconfiasse, e desferir-lhe o golpe fatal. Quanto ao
cartão na mão da vítima, há duas possibilidades: ou o engenheiro Eduardo Dias
o tinha na mão por qualquer motivo quando foi assassinado ou foi a esposa que
o colocou lá depois de ter morto o marido. É de crer que o engenheiro Nuno
Silva tenha lá estado por volta
das cinco e um quarto, tenha visto o corpo e tenha fugido, assustado. Mais
tarde, regressou e… foi interrogado pela polícia. |
© DANIEL FALCÃO |
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