Autor

Papillon

 

Data

22 de Janeiro de 1981

 

Secção

Mistério... Policiário [297]

 

Competição

Torneio “Dos Reis ao S. Pedro

Problema nº 1

 

Publicação

Mundo de Aventuras [380]

 

 

MALANDRICE…

Papillon

 

Homem esperto e aventureiro, Modesto mandara chamar o inspector Viana para resolver um caso de roubo na sua grande mansão.

Modesto conseguira toda a sua fortuna através de negócios ilícitos e burlas em que os álibis eram bem construídos e finalmente, usava a mais suja das armas existente na sociedade: a corrupção.

Segundo ele, os ladrões tinham ido bem servidos. Mas aproximemo-nos e ouçamos:

– Pois é, caro inspector, todo o recheio da casa foi roubado e tudo «nas minhas barbas», como se costuma dizer. O que vale é que eu tinha tudo no seguro e… bem, não há problema. Mas como você deve saber, as Seguradoras costumam intervir e assim, aqui está você para tentar resolver o caso, o que eu acho um pouco difícil, pois os ladrões não deixaram pistas. Creio que a Seguradora depois de me pagar bem há-de precisar de um seguro… Mas passemos aos factos: eram sensivelmente 2 horas de manhã quando um ruído na varanda do meu quarto, pois como você já deve ter visto a casa é de primeiro andar, me acordou e me fez ficar um pouco assustado. Levantei-me e aproximando-me da janela para ver o que era, esta abriu-se de repente e apanhei um valente susto que me deixou petrificado e ao assaltante, pois este não contava comigo. Depois de ficarmos por alguns segundos e olhar um para o outro, o larápio recuperou mais depressa do que eu e agarrou-me, pois era de maior estatura. Atordoou-me, atou-me e amordaçou-me atirando-me brutalmente para cima da cama. Feito isto, acercou-se da janela e sussurrou aparecendo logo de seguida um outro vulto mas sensivelmente mais pequeno. Entraram os dois e passaram logo de seguida a reunir todos os objectos de valor, o meu ouro e dinheiro. Passaram em seguida aos aposentos debaixo onde devem ter feito operação igual. Acordei, ainda com a cabeça um pouco dorida e vi que os ladrões se preparavam para ir embora com dois sacos de lona cheios. Vi-os passar à varanda e desapareceram. Logo depois do último sair eu gritei por socorro e felizmente o guarda Santos que tem as chaves de minha casa e que estava a um quarteirão ouviu-me e depressa aqui chegou, libertando-me. Infelizmente não conseguiu surpreender os ladrões e estes fugiram com tudo.

Depois deste pequeno depoimento Viana quis ouvir o guarda Santos:

– É verdade! – disse ele. – Ouvi o senhor Modesto gritar por socorro e acorri logo ao chamamento_ Tive muita pena de não ter surpreendido os ladrões.

Viana pensou e logo em seguida um sorriso iluminou-lhe o rosto. Dirigiu-se ao telefone e

Está?... Polícia? Mande um carro, pois foi desvendado mais um caso de… e de…

 

Claro que você já deve ter visto «o caso»!!!

Mas em todo «o caso» não vamos deixar de fazer az perguntas:

1 – Que queria o inspector dizer com «um caso de… e de…»?

2 – Como chegou ele a essa conclusão?

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO