Autor Data 1 de Maio de 1980 Secção Mistério... Policiário [266] Competição Torneio
“Novos" e “Iniciados” 79 Problema nº 8 Publicação Mundo de Aventuras [343] |
Solução de: CRIME NUMA NOITE DE INVERNO Paul Foran Solução
apresentada por Mr. Kim 1
– Claro que o assassino foi o mordomo – o senhor Frederico Cunha. 2
– Daí a acusação que faço ao Frederico Cunha. Será ele o culpado, pois mente
(e desta vez trata-se de uma mentira provada!) ao dizer que teve «…de arrombar a janela para entrar no
escritório…». É que, se essa «operação»
tivesse sido efectuada do modo que ele descreve, os
estilhaços da vidraça iriam parar dentro do escritório (o que acontece, pois
além de «…pegadas de lama no chão, de
resto mais nada digno de assinalar…») e não cá para fora («teve de ter cuidado para não escorregar nos vidros
espalhados sobre a placa de cimento…»). Além
disso, será também de notar que o escadote «estava molhado», o que só vem confirmar a culpa do Frederico
Cunha, pois quando se serviu dele, para arrombar a janela, já não chovia, segundo
ele diz («Corri a pegar no impermeável mas quando vi que
já não chovia…»). Portanto, ou ele está a mentir (e chovia mesmo…), ou o
escadote estaria molhado «de
anteriormente», circunstância que o mordomo logo notaria e mais tarde
transmitiria ao investigador. Como não o fez… algo tinha a esconder… Por
outro lado, se o criminoso tivesse utilizado o escadote para sair do
escritório («…a
porta estava fechada por dentro…» e por algum lado ele teria de sair…) a
janela «não estaria fechada» e,
sendo assim, não seria necessário arrombá-la… Daí a razão por que afirmo que
este aspecto só vem confirmar a culpa do Frederico
Cunha. Tudo
isto indica que o crime foi cuidadosamente planeado. A chuva (e não só…) é
que atrapalhou… O
mordomo matou o amo. Entrou pela porta (Sim!,
decerto ninguém acreditará que o Mário Reis se deixasse surpreender por alguém
que entrasse pela janela – até porque esta estaria fechada dada a chuva que
caía ou caíra momentos antes), a qual fechou depois de consumado o crime. Saiu
pela janela (à qual previamente encostara o escadote). Veio para casa e
aguardou os acontecimentos. Acudiu aos gritos da patroa (convinha-lhe que
assim acontecesse e daí a razão por que trancara. a porta) e ofereceu-se
(ninguém lho alvitrou…) para ir saltar pela janela (as «pegadas de lama no chão», foram resultantes dessa passagem…). O
«grosso anel de brilhantes» que
apareceu no chão quando «…José Reis
despiu o casaco» era um estratagema para chamar a atenção sobre o filho
da vítima. |
© DANIEL FALCÃO |
|
|
|