Autor Data 24 de Julho de 2011 Secção Policiário [1044] Competição Campeonato Nacional e Taça de
Portugal – 2011 Prova nº 6 (Parte II) Publicação Público |
Solução de: O DOURO TEM MUITAS PONTES Paulo O
que se pode concluir do texto? 1
– O assassino teve que entrar no quarto antes de a câmara ser ligada e sair
quando houve a falha de corrente eléctrica. 2
– Não era possível em menos de um minuto, a alguém que estivesse fora do
quarto, aproveitar a escuridão para abrir a porta, que estava fechada,
entrar, estrangular e sair. Haveria grande risco de ser apanhado. 3
– Como o assassino entrou antes de a câmara ser ligada, o Miguel fica
excluído. 4
– Para sair, após ter estrangulado o Ferreira, o assassino usou o fio, com as
pontas desprotegidas para provocar um curto-circuito no circuito de
iluminação, deixando as marcas da descarga eléctrica
no cabo condutor. Antes já teria colocado a chave na porta. 5
– Quando a luz se apagou e o Miguel saiu do seu local de vigilância, o
assassino abriu a porta e saiu. 6
– O Xavier, embora pudesse ser o assassino, tinha poucas probabilidades de
ser bem-sucedido devido ao ferimento. Além disso a saída do quarto às 4
horas, aumentava as possibilidades de ser descoberto pelo Jacinto ou pelo
Miguel. 7
– Embora pudesse fisicamente matar o Ferreira, o Fabrício também não
escolheria as 4 horas para sair do quarto pelas mesmas razões atribuídas ao
Xavier. Seria a hora com maior probabilidade de ser apanhado por dois dos
vigilantes estarem levantados e em movimento na casa. 8
– O Jacinto chegou logo após a luz ter voltado e verificou que a porta estava
fechada. Essa é a palavra dele. No entanto, às 8 horas, quando entrou no
quarto a gravação mostra-o a rodar a maçaneta sem tentar abrir a porta.
Porquê? Porque sabia que estava aberta. A verificação que ele fez quando
chegou às 4 horas foi falseada. Ele estava dentro do quarto e não tivera
tempo de fechar a porta ao sair. Por isso, surgiu imediatamente, fingiu que
vinha do quarto e falseou a verificação da porta, indicando que estava
fechada. Mais
tarde abriu-a sem usar a chave porque sabia que não precisaria dela. Ele
é o assassino: C – Jacinto Eis
uma sequência dos acontecimentos: –
Entrou antes de ligar a câmara. Escondeu-se num armário, ou provavelmente
debaixo da câmara, que se sabe, através do narrador, ser um esconderijo
possível. –
Depois de ver que o Ferreira dormia estrangulou-o com o fio. –
Perto das 4 horas usou o fio descarnado nas pontas e provocou um
curto-circuito, num local já previamente estudado, deixando marcas no fio. –
Guardou o fio no bolso. –
Abriu a porta, onde previamente colocara a chave, para maior rapidez, saiu e
fechou a porta só com o fecho para ser mais rápido. –
Esperou na escada que desembocava do lado do quarto a chegada do Miguel no
outro topo do corredor e apareceu. –
Fez a falsa verificação da porta, fingindo que se mantinha fechada à chave. –
Às oito horas abriu a porta, sem tentar usar a chave e esse acto incriminou-o, porque sabia que ela estava aberta. –
Mais tarde desfez-se da arma do crime. |
© DANIEL FALCÃO |
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