Autor

Paulo

 

Data

1 de Março de 2024

 

Secção

Repórter de Ocasião

 

Competição

Torneio Cultores do Policiário

Problema Policiário nº 3

 

Publicação

Blogue Repórter de Ocasião

 

 

UM CORPO NO QUARTO INTERIOR

Paulo

 

“Não nego fui eu que o matei. Mas juro que foi em legítima defesa. Eu já estava deitado quando me pareceu ouvir barulho dentro de casa. Primeiro, não liguei, mas como o ruído se repetiu, peguei na arma, e olhe que eu tenho licença de porte e uso de arma, como pode verificar. Peguei na arma e saí do quarto. Fui andando devagar, sem acender as luzes, só com a luminosidade que entrava pelas janelas, para tentar descobrir o que se passava. Tinha na ideia que queria apanhar o ladrão.

Entrei na sala e não vi nada. O mesmo se passou na cozinha e no meu escritório. Faltava verificar o quarto interior. Caso houvesse alguém na casa, poderia ter entrado lá.

Sei que apertei mais fortemente a arma. Antes de entrar, perguntei se alguém lá estava e avisei de que estava armado. Entrei, mas a porta fechou-se. Foi a escuridão completa.

Fiquei totalmente parado, mas ele também deveria estar. No entanto, eu ouvia-lhe a respiração, que ele tentava controlar e disfarçar. Percebi que não estava sozinho. Foi então que lhe vi os olhos a brilharem na escuridão do quarto. Disparei para onde me surgiam aqueles dois pontos luminosos e ouvi um barulho de queda.

Estava meio desorientado, sem saber qual seria a posição da porta, mas lá a consegui encontrar. Abri-a, acendi a luz e vi que tinha morto alguém. Achei por bem chamar a polícia.”

 

Narciso Morais vira o quarto completamente vazio de mobiliário e decoração, apenas com um corpo no chão, com uma bala que entrara na zona frontal, e uma cápsula de bala no chão.

De acordo com Roberto, o proprietário do imóvel, era um desconhecido.

Não haveria grandes dúvidas de que o projétil, após as perícias técnicas, indicaria pertencer à arma de Roberto, pois ele mesmo afirmara que fora ali que disparara a sua pistola.

Não havia muito mais a pesquisar no local, ou melhor, haveria para a polícia científica, que procuraria vestígios das impressões digitais da vítima nos vários locais da casa, uma vez que ele estava sem luvas. Poderia haver algumas, porque se ele estava ali para roubar e fizera ruído, de acordo com o que Roberto dissera, essas impressões teriam que surgir em algum lado.

 

Mas, Narciso Morais, já tinha uma opinião sobre o sucedido.

– Qual seria a opinião de Narciso Morais?

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO