Autor Data 21 de Junho de 1985 Secção Detective [2] Publicação Jornal de Almada |
ASSASSÍNIO EM CACILHAS PRMS Passavam
dez minutos das duas da madrugada, quando soou a campainha do telefone. –
Triiim! Triiim! Carlos
dirigiu-se de imediato para ele e levantou o auscultador. Era o inspector da polícia local. –
Sr. Carlos, é o inspector
Silva. Desculpe incomodar a esta hora, mas é um assunto urgente. –
Houve algum incidente? – perguntou Carlos. –
O corpo do seu tio deu à costa, há precisamente uma hora atrás. –
Oh! Meu Deus. Ainda ontem à noite estive a jantar com o tio Zé, no Farol. Depois
de breves instantes de conversa, combinaram então encontrar-se na manhã
seguinte, na esplanada junto da casa do inspector. Já
na manhã seguinte, estava Carlos sentado na esplanada, a beber a sua cerveja,
quando o inspector chegou. –
Como está, senhor inspector? Não quer beber nada? –
Não, obrigado. Mas vamos directos ao assunto. –
O seu tio tinha inimigos? –
Não. Mas tinha uns pequenos desentendimentos com a família. –
Com quem? –
Com o irmão da minha mãe que também é seu irmão. Este tinha razões para o
matar. Uma vez levou-o a tribunal, só por desviar uma pequena quantia, para a
conta dele. E esteve uns mesinhos no «xadrez». O
inspector depois de ouvir o depoimento, anotou e o
senhor Carlos continuou. –
Também o irmão do meu pai, não gostava muito dele. Problemas lá da empresa
onde eram sócios. –
Ainda ontem, antes do jantar, o tio Zé, deu-me umas folhas importantes para
eu guardar, onde ninguém as descobrisse. Quando fui para casa, já passava das
21 horas, um homem veio atrás de mim, e fui para a biblioteca da cidade e
escondi-as num livro, nas não sei qual, pois para não me esquecer das
páginas, não me recordo do livro. Foi entre as páginas 323 e 324. Depois
de anotar, o inspector sorriu, e afirmou. –
Já sei quem o matou. Pergunta-se:
1)
Quem matou o tio Zé? 2)
Justifique a sua resposta. |
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© DANIEL FALCÃO |
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