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Autor Autor não identificado Data Agosto-Setembro de 1981 Secção XYZ-Policiário [12] Competição I Campeonato Nacional de
Problemas Policiários Problema nº 5 Etapa de Faro Publicação XYZ-Magazine [15-16] |
Solução de: …E O ALENTEJO FICOU MAIS POBRE Autor não identificado 1
– Embora não tenha sido o único interveniente no crime, quem o praticou foi
SANTOS MIRANDA, o enteado da vítima: a)
Poder-se-ia suspeitar logo pelo teor mendaz das suas declarações. Assim, não
poderá corresponder à verdade a afirmação por si feita de que recebera, já
noite, um telefonema, uma vez que o sr. Joaquim
nesse dia deitara-se com as galinhas, segundo disse a empregada. Parecia
estar doente, depois que tomou os remédios. «Doente» por acção de narcóticos, pode-se acrescentar. b)
De salientar também o facto do «Fulano» ter chegado ali à moradia dos Castro ao mesmo tempo do inspector. Então como é possível que dois homens, um
residente em Évora e outro em Lisboa, tivessem chegado sensivelmente ao mesmo
tempo a um mesmo ponto do Alentejo, se foram informados pela mesma pessoa à
mesma hora, como o referiu no final das declarações a srª
Joana Brites? c)
Finalmente pode afirmar-se que foi o enteado quem cravou a faca no corpo da
vítima porque os vestígios junto à janela confirmam que o assassino subiu pela
parede partindo a vidraça. Logo, só podia ser ele, porque o seu cúmplice além
de ser uma mulher (o que não quer dizer nada!), é gorda e idosa, incapaz de
escalar um primeiro andar mais ou menos alto. 2
– SIM. Como já se referiu houve cumplicidade entre o enteado e a ama, srª Joana Brites. Facilmente
se suspeita dela porquanto mente ao dizer que à janela viu um vulto transpor
o portão. Isso é impossível, pois a janela, como se escreve, é nas traseiras
e o portão esse é bem defronte da fachada principal do edifício. Obs.: Com facilidade
se admitirá, também, que a ama ao dar os remédios ao sr.
Joaquim, lhe ministrou algum narcótico e explica-se
assim a sonolência observada pela Miquelina. O objectivo
de tal só se explica por facilitar a actuação do
enteado, actuação que convinha mostrar a aparência
do cenário que mostrou. |
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© DANIEL FALCÃO |
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