Autor Data 12 de Janeiro de 1947 Secção Mistério e Aventura [1] Publicação Jornal de Sintra |
CRIME OU SUICÍDIO? Sete de Espadas O
Inspector Charles Hardy
foi chamado com urgência a casa do escritor Luiz King, porque este tinha sido
encontrado morto no seu escritório. Introduzido
no palácio e depois no gabinete de trabalho do escritor, Charles Hardy verificou que o corpo se encontrava caído sobre a
secretária, o braço esquerdo em cima do tampo e o direito caído ao longo da
cadeira. No chão, uma pistola sem impressões digitais e em cujo carregador
faltavam algumas balas. Um orifício perto da orelha e ligeiramente chamuscado
mostrava que a morte tinha sido causada por uma bala disparada a pouca
distância. Depois
de em silêncio ter analizado todos estes
pormenores, pediu ao criado que fizesse as suas declarações. Este disse: «Como
o fazia todas as noites, cerca das 10 horas dirigiu-se para a porta do
escritório e bateu 3 pancadas, avisando desta maneira que o jantar estava na
mesa. O tempo passou e como não era hábito do escritor fazer-se esperar mais
do que um quarto de hora, cerca das 10 e meia voltou, batendo e chamando em
voz alta. Como não obtivesse resposta, espreitou pela fechadura e viu o
escritor na posição em que ainda está. Como não tinha chave, visto que a
única Yale que existia estava sempre em poder do escritor, chamou o
cozinheiro preto, Jacob, que o ajudou a forçar a porta, verificando depois
nada haver a fazer, porquanto do orifício junto à orelha do escritor saía um
fio de sangue… Mesmo do escritório telefonou para a polícia e nem ele nem
Jacob saíram de lá. Tudo isto poderá ser confirmado por…». –
Muito obrigado, já sei como as coisas se passaram! –
Caros colegas, como resolveu Charles Hardy mais
esse problema? |
© DANIEL FALCÃO |
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