Autor Data 16 de Outubro de 1975 Secção Publicação Mundo de Aventuras [107] |
Solução de: O CASO DAS DROGAS NO «EXPRESSO»… Sir Lock 1.º
– O Inspector falou em mercadoria de contrabando e o Firmino Góis «soube»
logo que se tratava de droga, como se não houvesse mercadoria a contrabandear
além dessa… 2.º
– O Firmino Góis acusa o outro de se ter disfarçado com barbas, mas a verdade
é que a cara de Roberto Dinis estava curtida pelo Sol e devia notar-se o
branco do rosto se ele tivesse cortado a barba no dia anterior… 3.º
– A maleta que continha a droga não ostentava o nome do proprietário no
exterior – talvez para que Roberto Dinis não estranhasse o facto de uma
maleta de outrem ter o seu nome… E, por outro lado, o rapaz devia saber
escrever o seu próprio nome… Mas como Góis tentava defender-se para o caso de
uma busca, vai tentar inculpá-lo, escrevendo ele, e à antiga ROBERTO DINIZ…
deixando a etiqueta por dentro. Solução de Rosete 1.º
– O contrabandista é Firmino Góis. 2.º
– Góis acusa imediatamente o seu companheiro de viagem – é sintomático… –
Góis diz que Dinis rapou as barbas na véspera, o que contraria a descrição
feita pelo autor, que nos diz que Dinis tem o rosto curtido pelo sol, logo, já
andava com a cara rapada há muito tempo, pois de outro modo notar-se-ia a
pele branca que estaria oculta dos raios solares, sob as barbas… –
Góis afirmou que Dinis levava droga; nota-se que o inspector nãp especificou
qual a mercadoria de contrabando… –
O autor diz que o tom do rosto de Góis é amareliço, estando este em contradição
ao afirmar que tinha andado na praia, pois desse modo estaria como o Dinis,
tisnado pelos raios solares… –
Góis, de viagem, teria forçosamente de trazer uma mala: logo, uma delas seria
a dele… –
Góis ao sentar-se junte do seu companheiro de viagem tratou de engendrar algo,
caso fosse apanhado; logo, viu o nome na etiqueta da mala de Dinis e, pegando
na sua, aproveitou uma oportunidade de pôr em prática a sua maquiavélica
ideia, que consistia em colocar na sua própria mala uma etiqueta com o nome
do outro para, no caso de ser revistado pela polícia, ficar impune e culpar o
Dinis… escapando-lhe que a palavra Dinis é grafada com um S e não com um Z,
como apressadamente escreveu no cartão, deixando-o dentro da mala, pois de
contrário o Dinis desconfiaria que algo de anormal se estava a passar e o
meteria em trabalhos. Viste o intruso Góis estar a usar o seu nome abusivamente.
Por isso é que, só no cartão escrito pelo Góis é que aparece Dinis grafado
com Z. |
© DANIEL FALCÃO |
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