Autor Data 15 de Setembro de 1984 Secção Mistério... Policiário [429] Competição Torneio
Do S. Pedro ao Natal - 84 Problema nº 2 Publicação Mundo de Aventuras [535] |
O CASO DA MORTE DO INDUSTRIAL Taka Takata Rafael Borges,
um rico industrial, tinha sido assassinado no seu apartamento. Na sua
biblioteca (a divisão da casa onde se presumia que Rafael Borges fora
assassinado) vamos encontrar o comissário Saraiva, juntamente com o sargento
Diogo, e os quatro presumíveis suspeitos: – Bem… Agora
vou chamas um por um, para vos interrogar! – dizia
para os assustados, fazendo em seguida um sinal com a cabeça para o sargento
e entrando depois no escritório da vítima. Tal como na
biblioteca, o soalho do escritório estava forrado com um espesso e macio
tapete, o que fez com que o comissário levasse a pensar que estava a andar
sobre nuvens… Sentando-se na
cadeira estofada do escritório, admirou a rica e ornamentada decoração deste,
onde as janelas (que pena não as haver de sacada no prédio) davam uma luz
difusa. Um por um, os
suspeitos foram interrogados e, tomando notas, o sargento Diogo escreveu
assim: 1º SUSPEITO: Manuel da Silva – É o mordomo da casa e, como
era surdo, não pôde ouvir os tiros àquela hora da noite; aliás a essa hora,
estava a dormir. 2º SUSPEITO: José Borges –
O filho da vítima, estava dormindo quando ouviu três tiros e logo em seguida
o ruído de um objecto metálico a cair. Levantou-se
e correu para a biblioteca onde aí viu o seu pai estendido no chão com o
peito a sangrar. Ao levantar a cabeça viu a janela aberta de par em par e
correndo em seguida para a porta principal, desceu no elevador para tentar
apanhar o assassino, que, como deduziu, teria saltado pela janela… Ao voltar
ao apartamento vê o seu primo com o pijama encharcado de sangue… 3º SUSPEITO: Emídio Violeta – sobrinho da vítima,
encontrava-se a ler na cama quando ouviu tiros. Com a pressa, ao sair da
cama, tropeçou numa cadeira, caindo no chão, o que o magoou. Só passados mais
ou menos 30 segundos é que foi à biblioteca para aí encontrar o seu tio,
morto, tendo uma arma ao lado. Correu para o tio e ao mexer no corpo
(desesperado como estava!) ficou todo tingido de sangue… Depois viu chegar o
primo que vinha da porta principal! 4º SUSPEITO: Natália Borges – filha da vítima, estava
dormindo quando lhe pareceu ouvir tiros, mas como estava a sonhar julgou que
era imaginação sua, só acordou quando o irmão a foi chamar. Depois dos
interrogatórios, o comissário mandou que todos fossem de manhã à esquadra para
novos inquéritos. – Vamos embora
– perguntou o sargento Diogo ao comissário; mas este estava muito interessado
no médico-legista… – Hum?! Ah!…
Sim, vamos. Dirigiram-se
para as escadas e, de súbito, o comissário estacou: – O quê?!
Vamos ter que descer outra vez estes três andares?! – Sim, tem que ser, pois
o elevador só estará arranjado amanhã! Se para si lhe custa muito, o que
custará para os inquilinos que desde ontem têm de subir isto tudo?! – disse o sargento a rir. Na manhã,
seguinte, lá estavam todos os suspeitos reunidos no gabinete do comissário
Saraiva. Este levantou-se da sua cadeira e só depois de todos estarem em
silêncio, aponta para um dos suspeitos e diz: – Você, considere-se preso por ter assassinado o sr. Rafael Borges! Pergunto: 1 – Para quem
apontou o comissário, acusando-o de assassínio? 2 – Na sua
opinião, o que levou o comissário o acusá-lo?
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© DANIEL FALCÃO |
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