Autor

Tenente Langelot

 

Data

2 de Fevereiro de 1978

 

Secção

Mistério... Policiário [151]

 

Competição

Torneio “Tertúlia Policiária do Palladium"

Problema nº 11

 

Publicação

Mundo de Aventuras [227]

 

 

Solução de:

ACONTECEU EM AVEIRO…

Tenente Langelot

Comentário do Sete de Espadas

De noto um autor volta a «maltratar» a sua solução… O mais interessado é sempre aquele que menos cuida a solução, dando a impressão de ter «falta de tempo»… de que alguém vai a correr atrás dele… de que o prazo já expirou há muito e não há «tempo para floreados»…

Isto a propósito do Tenente Langelot (como outros que noutras oportunidades referi), não ter cuidado da solução do seu interessante problema, visto a apresentar numa simples folha de bloco escolar, em 5 linhas e 45 palavras!... Muito conciso, muito a correr…

Mas enfim, como os dados apesar de muito empíricos, estão lá, tenho de lhe dar os 10 pontos…

A solução para esse problema dava «pano para mangas», como muito bem o compreenderam alguns leitores…

Desde o estranho amor do pai que se sacrifica, à posição do corpo numa sala isolada, à prova de som… à descrição do autor que nos diz pela boca do «confesso assassino» que «descarreguei o cilindro da arma»… até ao número «de 6 balas que a vítima recebera no peito»… para já não falar na «chuva» que molhava casacos e não molhava sapatos… havia de tudo para se manipular, e alguns conseguiram fazê-lo bem!...

Temos em primeiro lugar que considerar «cilindro da arma»… logo, a arma não era uma pistola, mas sim um revólver. A pistola não se carrega por cilindro, por tambor, mas sim por carregador. E se sabíamos que a arma era de cilindro e se chamava «Paterson», logo, saberíamos que era um revólver… E isto já nos ajudava a procurar saber se o «Paterson» era uma arma de 6 tiros… Não era! Logo, aquela arma jamais poderia ser a arma que disparara os seis tiros de uma só vez, como o pai do Rogério declara: «…e quando se virou, descarregou o cilindro da arma no seu corpo». E nós sabemos que: «A camisa, totalmente ensanguentada dos seis tiros que recebera no peito…». Logo, uma coisa não condizia com a outra… O «Paterson» é de 5 tiros… e ali estavam 6…

Assim, todos os leitores que viram tudo aquilo e o souberam fundamentar, descrevendo-o, tem a pontuação máxima. Os que não conseguiram dizer «amor»… falaram sem conhecimento directo da arma e seu mecanismo da alimentação ou considerando que a arma não era de 6 tiros, sem mais nada… Para todos esses e alguns foram, há a perda de um ponto… Para os que não me souberam explicar se se tratava de uma arma-revólver, ou arma-pistola e, não viram bem a questão dos tiros ou os desprezaram ou admitiram os seis, tiveram 7 pontos… Os que nem sequer ligaram à arma estão nos cinco… e daí para baixo até à pontuação de presença – 2 pontos.

© DANIEL FALCÃO