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   Autor Data 7 de Agosto de 1975 Secção Publicação Mundo de Aventuras [97]  | 
  
   UMA GRANDE AMIZADE… Tony Cooper Eram
  quatro inseparáveis amigos desde as campanhas de guerra que fizeram no
  Vietname… Frank Bell, Jim Calhoun, Fred Green e Red Kelly. Uma
  vez por mês reuniam-se e festejavam essa amizade. Nesse dia reuniram-se em
  casa de Frank Bell, o conhecido pintor… Comeram bem e beberam melhor… Frank casara,
  precisamente, dois meses antes com Jenny Wendall, que fora atá há um ano noiva de um dos quatro… A
  certa altura da noite, fizeram-se as despedidas habituais… Antes, porém, fora
  combinado que o próximo encontro seria em casa de Jim Calhoun. Duas
  horas depois, Frank Bell, sozinho no seu estúdio, dava os últimos retoques
  numa bela pintura… De repente, abriu-se a porta que dava acesso ao estúdio e
  entrou um dos amigos, de pistola em punho… Com silenciador… Frank
  inquiriu: –
  Que pretendes fazer? –
  Frank, roubaste-me a mulher que amava e por isso jurei
  que te mataria. Esse dia chegou! –
  Eu sabia que nunca me perdoarias por Jenny me ter
  preferido… De
  súbito a pistola vomita o seu raio de morte, num disparo quase à queima-roupa,
  e Frank, ao receber no peito a bala assassina, rodopia sobre si, arrastando
  na queda o cavalete com a bela tela acabada de pintar… O assassino disparou
  ainda mais duas vezes sobre as costas do seu antigo companheiro de guerra…
  Depois afastou-se pela porta por onde antes entrara para o estúdio. Frank
  mexeu-se muito lentamente, conseguiu agarrar um pincel e sobre a bela tela
  pintada ainda conseguiu fazer um longo traço a tinta amarela… Depois, mais
  lentamente ainda, sentindo a vida a esvair-se pelos buracos abertos pelas balas,
  num último e derradeiro esforço, pega noutro pincel e faz por cima daquele um
  outro traço a tinta azul… E foi tudo… Chegara ao fim… O corpo humano,
  naquelas condições tem limites… Foi a última vez que conseguiu pegar num pincel…
  Estremeceu… Ficou arrefecendo… Tony
  Cooper, tenente da Secção de Homicídios, chegou ao
  local do crime, onde já se encontrava o médico legista, um fotógrafo e vários
  polícias. De seguida deu várias olhadelas pelo local e perguntou: –
  Alguém mexeu nalguma coisa? Responderam
  que tudo se encontrava na mesma. Tony
  analisava quanto via… Deteve-se na bela tela pintada e argumentou para o seu
  ajudante, o sargento Steve Agnew: –
  Porque seria que esta bela pintura ficou assim inutilizada de alto a baixo
  com um traço e uma cor em dois tons?... Tenho a impressão
  de que a vítima, antes de morrer, quis-nos indicar qualquer coisa… –
  Chefe, sou da mesma opinião –
  Steve, dá-me a lista que disseste que tinhas com os
  nomes dos amigos da vítima que ontem se reuniram… Tony
  Cooper analisou a lista e disse para o ajudante: –
  Steve… Ou me engano muito ou já temos o criminoso… Vamos! 01
  – Quem calcula que seja o criminoso?  02
  – Como foi que Tony Cooper chegou a essa conclusão?  | 
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   © DANIEL FALCÃO  | 
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