Autor

Tony Cooper

 

Data

19 de Fevereiro de 1976

 

Secção

Mistério... Policiário [49]

 

Competição

I Grande Torneio

Policiário nº 8

 

Publicação

Mundo de Aventuras [125]

 

 

Solução de:

UM CRIME EM COIMBRA

Tony Cooper

Solução apresentada por Joe Sousa (Braga)

1 – O assassino foi o Fernando Martins.

2 – Bom... O inspector ainda demorou uns minutos a descobrir, e no entanto o caso era fácil. Vejamos: analisando os depoimentos dos suspeitos verifica-se logo que no dia do crime nenhum deles se ocupou nos seus afazeres profissionais. O advogado foi para o campo, o comerciante depois de alguns trabalhos miúdos ficou-se pelo café com uns amigos, e o serralheiro foi à pesca.

Mas porquê esta folga generalizada? Verificando a calendário verificasse que o 13 de Junho de 1974 foi uma quinta-feira, mas não só…

Olá… Vê-se também que foi feriado, sim senhor. Dia do Corpo de Deus e feriado obrigatório para crentes, indiferentes e agnósticos.

Feriado não apenas em Coimbra mas em todo o País. Feriado com data móvel, em 1974 caiu mesmo no 13 de Junho – com grande desgosto dos lisboetas e outros que repousam anualmente naquele dia, por obra e graça do Santo António.

Mas daí infere-se igualmente que os bancos estão fechados nesse dia. Estão mesmo, e nem os bancários tolerariam uma tal discriminação.

Logo o amigo Fernando, não esteve no Banco, mentiu descaradamente porque nessa hora crítica, entre as 10 e as 10 horas e 20 minutos, estava a dar marteladas na nuca do tio.

Ora, quando um suspeito mente acerca do que fez no momento do crime está tramado. Além do mais a sua estupidez merece castigo: o seu álibi não tinha a menor consistência. Mesmo que o Banco tivesse estado aberto, teria sido fácil verificar a sua mentira através dos bancários e dos próprios movimentos de Caixa. (Quem isto escreve é bancário há 18 anos...)

Por isso acho bem que sofra o castigo devido neste mundo, já que no outro verá a sua pena agravada com internamento no inferno por ter infringido o Art. 5.º do Código do Jeová.

A justiça acima de tudo!

© DANIEL FALCÃO