Autor

Vivianne Luna

 

Data

23 de Outubro de 2016

 

Secção

Policiário [1316]

 

Competição

Campeonato Nacional e Taça de Portugal – 2016

Prova nº 8 (Parte I)

 

Publicação

Público

 

 

Solução de:

O ASSALTO

Vivianne Luna

 

Há, pelo menos, uma diligência a fazer pelo investigador, que poderá esclarecer toda a situação. Sabemos pelo próprio investigador que as comunicações pelo telemóvel de Alborico foram feitas e ficaram registadas.

Muito embora haja divergência entre os depoimentos do operador e de Alborico, quando o primeiro diz que foi ele que lhe ligou durante 24 minutos e Alborico diz que foi ele que efectuou a comunicação durante esse tempo, o investigador confirmou no próprio telemóvel de Alborico que foi este que fez a chamada. Por isso, esse erro que parece ser do operador, não tem nenhum significado para a investigação, nem acrescenta qualquer dado novo para o que está a ser investigado. O que conta é que houve, realmente, uma comunicação de 24 minutos, tendo como interlocutores Alborico e um operador.

Como esta comunicação veio a conduzir a um contrato, como ambos referem e confirmam, era obrigatoriamente gravada, na totalidade ou pelo menos na fase em que eram lidas em voz alta, pelo operador, todas as condições contratuais, para esclarecimento de dúvidas e questões futuras, ou incumprimento de cada uma das partes.

Se o contacto do investigador com o operador era importante para saber se este se apercebera de qualquer situação anómala, a audição da gravação e a sua análise com meios de detecção de ruídos ambientais, era fundamental.

Outra situação a ter em conta é testar a insonorização da casa de banho em que Alborico afirma ter estado, para confirmar se o som de armas a disparar poderia não ser ouvido, mesmo com a concentração máxima no telemóvel e se com essa insonorização tão eficaz é possível receber e fazer chamadas de telemóvel com qualidade.

© DANIEL FALCÃO