Autor

Zé Cejames

 

Data

20 de Setembro de 1979

 

Secção

Mistério... Policiário [235]

 

Competição

Torneio “4 Estações 79” | Mini C - Verão 79

Problema nº 11

 

Publicação

Mundo de Aventuras [311]

 

 

UM CASO… ASFIXIANTE

Zé Cejames

 

Faltavam poucos minutos para as 21 horas quando o detective Barros Pinto chegou ao Instituto Nacional de Química no seu magnífico «Ford Mustang». Tinha sido encontrado morto o Professor Tiago Correia, famoso químico que estava trabalhando numa nova substância produzida a partir do cloro.

Esperavam o detective o Professor Paulo Ferreiro e o seu ajudante Luís Maia, que tal como o morto, estavam cumprindo horas extraordinárias, e que lhe haviam telefonado há instantes.

Logo que Barros Pinto entrou, foi conduzido ao laboratório privativo de Tiago Correia. Aí, verificou sobre a mesa de trabalho do professor a existência de, além de alguns tubos de ensaio vazios, dois frascos: um continha cristais de Permanganato de Potássio e o outro continha ácido clorídrico. No chão, e perto da mesa, encontravam-se os restos daquilo que tinha sido um balão de vidro, que se encontrava agora reduzido a pedaços. Ao fundo da sala existia um armário, dentro do qual estavam vários frascos rotulados. Mas o que sobressaía era um buraco provocado por uma bala no vidro do armário. A bala tinha atravessado o vidro e atingido em cheio um frasco de amoníaco, que se encontrava estilhaçado. Este panorama foi o que o detective conseguiu ver, pois foi obrigado a recuar devido à existência no ar de um gás amarelo-esverdeado, que pelos vistos era intoxicante. Depois de arejar a sala, Barros Pinto continuou a observar o ambiente. Junto ao armário estava o corpo de Tiago Correia, que envergava uma bata branca. O detective examinou-o, verificando a inexistência de qualquer ferimento. Os olhos estavam inflamados. Junto da porta, estava presente uma pistola, na qual não existiam impressões digitais.

Depois de escrevinhar num pequeno bloco-notas as suas observações, Barros Pinto começou a registar as declarações de Paulo Ferreira e Luís Maia.

Estavam ambos trabalhando num laboratório do andar superior do edifício quando Paulo Ferreira afirmou ao seu ajudante que ia ao WC e que Maia continuasse os trabalhos. Passados alguns instantes, Luís Maia ouviu uma detonação e correu para o laboratório do professor Tiago Correia. No caminho encontrou Ferreira, que disse que tinha ouvido um tiro. Quando chegaram, deparou-se-lhes o espectáculo descrito, e viram-se obrigados a fechar a porta devido à existência de gás na sala. Foi então que chamaram o detective e esperaram a sua vinda.

Barros Pinto afirmou que ia para casa pensar no caso.

 

No dia seguinte deslocaram se às instalações do Instituto Nacional de Química forças policiais para efectuar uma prisão…

 

1 – Quem foi preso?

2 – Como pensa que decorreram os acontecimentos?

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO