|
|||||
(21.Abril.1925 – 30.Novembro.2019) |
CALEIDOSCÓPIO 16 EFEMÉRIDES
– Dia 16 de Janeiro Magdalen Nabb (1947-2007) –
Nasce em Blackburn, Lancashire, Inglaterra. Em 1975
muda-se para Itália, fixa residência Florença e inicia a carreira de
escritora de livros infantis e policiais. Cria Marshall (Sargento) Guarnaccia, personagem central da sua obra policiária. O
Sargento Salvatore Guarnaccia
dos Carabinieri investiga e procura respostas para
crimes. Magdalen Nabb
inspira-se em casos reais e situa os acontecimentos dos seus livros sempre em
Florença, ou arredores, o que lhes confere um ambiente especial. Na série Guarnaccia: Death of an Englishman (1981), Death
of a Dutchman (1982), Death in
Springtime (1983), Death in Autumn
(1985), The Marshal and the Murderer (1987),
The Marshal and the Madwoman
(1988), The Marshal's Own Case
(1990), The Marshal Makes His Report
(1991), The Marshal at the Villa Torrini (1993), The
Monster of Florence (1996), Property
of Blood (1999) Some Bitter Taste
(2002), The Innocent (2005) e Vita Nuova (2008). Em 1986
publica The Prosecutor,
escrito em parceria com Paolo Vagheggi. Um enredo
onde se cruzam as Brigadas Vermelhas
e os Serviços Secretos Militares. Em Portugal a
Editorial Caminho, na Colecção de Bolso/Policial,
editou: Morte de Um
Inglês nº 2 (1984), Death of
an Englishman (1981) Morte na
Primavera nº 10 (1985), Death in Autumn (1985) Morte de Um
Holandês nº 26 (1986), Death of
a Dutchman (1982) Morte no
Outono nª 48 (1987), Death in Springtime
(1983) O Sargento e o
Assassino nº 72 (1988) The Marshal
and the Murderer (1987) O Sargento e a
Louca nº 82 (1988), The Marshal
and the Madwoman (1988) O Sargento e o
Seu Caso nº 134 (1991), The Marshal's
Own Case (1990) A Editora
Livros do Brasil, na Colecção Vampiro, editou: Rapto de Uma
Condensa nº 631 (2000), Property of Blood (1999) O Fantasma do
Crepúsculo nº 649 (2001) Um Gosto
Amargo nº671 (2003), Some Bitter Taste (2002) Site oficial da escritora: http://magdalennabb.com/ UM
TEMA – ARQUITECTURA E CONTEXTO DA NARRATIVA POLICIÁRIA - 2 (Black Mask) No período
entre as duas Grandes Guerras Mundiais mais na primeira metade, viveram-se
uma série de momentos cruciais para a história e mudaram-se bruscamente as
estruturas sociais: o crime, a corrupção a todos os níveis, a violência da
vida quotidiana foram o cenário para a nova narrativa. O pulp
que levou preferentemente o estilo responsável da narrativa negra, ou máscara
negra, foi o Black Mask
fundado em 1920. Aí, conscientes das mudanças sociais e da nova imagem do
crime, aparecem as primeiras novelas em que a dureza
moral e física supera a narrativa de enigmas. Assim, Race
William, criação de Carroll John Daly, troca as
lucubrações dedutivas pelo comportamento justiceiro e violento – físico e de
linguagem. Mas foi Dashiell Hammett
que abriu o caminho da projecção do Black Mask. Por um lado, a
importância sociológica, o realismo crítico a violência e a linguagem
inusitada (a célebre adaptação realista da narrativa policiária) e pelo outro
lado, um detective que aplica a tarefa de
investigação à sua maneira – nem sempre ortodoxa, utiliza métodos e
resultados que ultrapassam a ética pessoal, transcende a moral social e as convenções
colectivas. Os fins justificam os meios objectivo puramente profissional: e se há violência
física e moral, tem de se ser violento para sobreviver na selva em que vive
submerso. A narrativa
negra ultrapassa os limites geográficos do nascimento e estende-se a França
Inglaterra… cresce, adquire cultura e prestígios. Chega a Hollywood, ao
grande e pequeno ecrã. Excede-se. Não obstante não perder a raiz violenta, os
autores, além das origens de sempre, associam-lhe bebida, bebedores e
mulheres… M. Constantino In Policiário de
Bolso,
16 de Janeiro de 2012
|
||||
© DANIEL FALCÃO |
|||||
|
|