|
|||||
(21.Abril.1925 – 30.Novembro.2019) |
CALEIDOSCÓPIO 17 EFEMÉRIDES
– Dia 17 de Janeiro Al Capone (1899-1947) –
Nasce Alphonsus Gabriel Capone em Brooklyn, New York-EUA, considerado o maior
gangster norte-americano de sempre. Descendente de emigrantes italianos,
inicia-se cedo nos gangs de rua. Chefia uma rede de contrabando durante a Lei
Seca e acaba por dominar o crime organizado na cidade de Chicago. Conhecido
por Scarface, por causa de uma cicatriz
na cara, é tido como um homem destemido e implacável. A sua vida e o processo
atribulado da sua detenção são inspiração para escritores policiários e
também para a indústria cinematográfica. Grahams S.
Moliner (1919-????) – É o pseudónimo adoptado por Graziela Saviotti Molinari.
Nasce em Livorno, Itália. Frequenta a Academia de Belas Artes de Brera em
Milão. Fixa-se em Portugal em 1939 e exerce a actividade de tradutora,
publicista e cenógrafa – trabalha para o teatro Nacional D. Maria II. Publica
para a Editorial Gleba (1942-1972), na Colecção Novelas Policiais, o romance
policiário A Morte Paira Sobre o
Castelo (1948) cujo enredo se desenvolve em Itália. Roy Lewis (1933) – John Royston Lewis
nasce em Rhondda, Glamorganshire, Pais de Gales-Reino Unido. Desde 1969
escreve romances policiários: o primeiro, A
Lover Too Many, pretence à série John Crow – um inspector da polícia
britânica – tem um total de 8 títulos. Segue-se a série Eric Ward – um
polícia que se tornou solicitador –, iniciada com A Certain Blindness (1980) e que atinge o 16º livro Guardians of the Dead, publicado em
2008. A terceira série, Arnold Landonum – um perito em arquitectura medieval
e investigador em Northumberland – inicia-se com A Gathering of Ghosts (1982) e tem o 22º livro, Goddness of Death, agendado para o
final de Janeiro de 2012. Roy Lewis, que usa também o pseudónimo de David
Springfield, tem mais treze romances policiários editados. John Bellairs (1938-1991) – John Anthony Bellairs nasce em
Calhoun County Michigan-EUA. É conhecido pelos mistérios góticos destinados a
um público jovem. Os seus livros são protagonizados por Lewis Barnavelt (6
títulos) Anthony Monday (4 títulos) e Johnny Dixon (9 títulos). Escreve ainda os romances The Pedant and the Shuffly (1968) e The Face in the Frost (1969). O primeiro
livro da série Lewis Barnavelt The House
With a Clock in Its Walls (1972) é editado em Portugal, em 2006, pela
Editorial Presença, nº87 da Colecção Estrela do Mar, com o título A Maldição do Relógio. UM
TEMA – ARQUITECTURA E CONTEXTO DA NARRATIVA POLICIÁRIA - 3 (Suspense) Na
revitalização da corrente dedutiva, a enigmática, por vezes paredes meias,
com ela, inclusivamente nela, aparecem as narrativas de suspense: – a arte de
transportar a angústia do universo imaginário à consciência do leitor. O
elemento policiário, particularmente o detective, desaparece ou é secundário,
para dar lugar à ansiedade psicológica. O interesse do leitor deixa de se
centrar na pergunta ritual Quem matou? Para Conseguirá o assassino escapar?
Pergunta que só o autor habilmente incute com crescente efervescência. Francis Iles
(Anthony Berkeley) dá um primeiro passo em Malice Aforethought (1931)/Malícia
Premeditada e em Before the Fact
(1932)/Suspeita, sem que se falasse
de suspense, mas sim de psicologia. É com William Irish, cujo verdadeiro nome
é Cornell Woolrich, que vamos encontrar o real mestre da arte do suspense. Em
Irish encontramos a presença da fatalidade; em lugar do detective a vítima
ergue-se como personagem central; a vida é vista do lado do acaso; os
inocentes são inexoravelmente coagidos a integrar a engrenagem do enredo. Neste tipo de
narrativa, o óptimo mede-se pela dose de angústia real experimentado pelo
leitor, pela tensão psicológica e impacto dramático que inocula. M. Constantino In Policiário de
Bolso,
17 de Janeiro de 2012
|
||||
© DANIEL FALCÃO |
|||||
|
|