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(21.Abril.1925 – 30.Novembro.2019) |
CALEIDOSCÓPIO 20 EFEMÉRIDES
– Dia 20 de Janeiro Irving Le Roy (1909-1972) –
Data do falecimento de Robert Georges Debeurre, escritor de aventuras policiárias
populares. É conhecido em Portugal pelo supra citado pseudónimo, no entanto
tem escritos sob uma extensa lista de pseudónimos como Georges Méra, Ergé
Hemm, Rudy Georg Maïer, Irving Heller, Henry Haines, Susan Vialad, Howard
Trévor, Andy Knight e provavelmente Jaime Barbara, Gérald Rose, Georges de
Guérigny, Robert J. Dolney e outros. Reg Gadney (1941) – Nasce em Cross Hills,
Yorkshire-Inglaterra. Trabalha na área da arqueologia e do teatro. Inicia-se
na escrita em 1971, mas só em 1984 se torna escritor a tempo inteiro. Escreve
para televisão e cinema, adapta duas obras policiárias para o pequeno ecrã: The Bell (1958), The Sculptress (1993) de Minette Walters. Escreve os seguintes romances de ficção: Drawn Blank (1970), Somewhere in England (1971), Seduction of a Tall Man (1972), The Last Hours Before Dawn também
conhecido como Victoria (1974), Something Worth Fighting For (1974), The Champagne Marxist também conhecido
como The Cage (1977), Nightshade (1987), The Achilles Heel (1996), The Scholar of Extortion (2003), The Woman in Silk (2011). Na série
Alan Rosslyn, um detective privado, publica os seguintes títulos Just When We Are Safest (1995), Mother, Son and Holy Ghost (1998), Strange Police (2000), Immaculate Deception (2006). Em Portugal o
primeiro livro da série Alan Rosslyn é editado em 1996 pela Difel, na
colecção Literatura Estrangeira, Rivalidades
e Corrupção, um livro que se encontra esgotado. UM
TEMA – ESPIÕES E TRUQUES DE ESPIONAGEM Ora admirado, ora odiado, simplesmente ignorado,
mais frequentemente perseguido, o espião é um alvo a abater. Registemos
alguns comentários breves de escritores sobejamente conhecidos. Ao lavar as mãos recebi um arranhão no pulso
esquerdo de um alfinete que a lavadeira (calculei) deixara na toalha. Correu
um pouco de sangue, mas envolvi o ferimento num lenço e, fatigado, deitei-me
adormecendo depois. Meia hora mais tarde fui despertado por uma dor em todo o
lado esquerdo – um estranho entorpecer nos músculos da cara, das mãos e na
garganta que me impedia de respirar ou de gritar. Tentei erguer-me e premir o
botão da campainha e pedir auxílio, mas não o pude fazer. Aquele alfinete
tina sido ali colocado de propósito. Fora sem dúvida envenenado… William
Le Queux (1864-1927) Fechou por completo os olhos. Os circunstantes
fitaram-no. Razunov fez esforço para se recordar de algumas palavras
francesas. – Je suis sourd – disse, voltando a desfalecer. – É surdo, – exclamaram eles. Eis porque não
ouviu o carro. Horas antes, enquanto a trovoada ainda não feria
a noite, verificou-se na sala de Julius Lispara uma sensação. O terrível
Nikita, vindo do patamar, erguera a sua voz rouca e sombria diante de todos
os presentes: – Razunov! Mr. Razunov! O maravilhoso Razunov!
Nunca mais será utilizado como espião por ninguém. Não falará, pois jamais
ouvirá seja o que for na sua vida. Absolutamente nada. Rebentei-lhe os
tímpanos. Oh! Podem confiar em mim. Sei como fazer as coisas, Sim, sei como fazer
as coisas! Joseph
Conrad (1857-1924) De qualquer modo o espião pode ser um ser
admirável passível de consideração, no aspecto de carácter e honestidade, não
restam dúvidas que no plano profissional o espião é ipso facto, um mentiroso
e ladrão! Mais ainda. Ele entra na função de corromper e subornar,
aproveita-se deliberadamente das fraquezas dos outros de forma a levá-los à
traição. Para obter os seus resultados poderá utilizar a extorsão e a
chantagem. O facto de o seu móbil ser diferente de um vulgar ladrão, não
entra em linha de conta… Eric
Ambler (1909-1998) M. Constantino In Policiário de
Bolso,
20 de Janeiro de 2012
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© DANIEL FALCÃO |
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