|
|||||
(21.Abril.1925 – 30.Novembro.2019) |
CALEIDOSCÓPIO 48 EFEMÉRIDES – Dia 17 de Fevereiro Ronald A Knox (1888-1957) – Ronald Arbuthnott
Knox nasce em Knibworth, Leicestershire, Inglaterra.
Trabalha
para a Military Intelligence
durante a 1ª guerra mundial, é ordenado padre em 1911 pela igreja anglicana e
converte-se ao catolicismo romano em 1917. Escritor com uma obra literária
notável de poesia, religião e outros tópicos — o que atesta a sua capacidade
intelectual — inicia a escrita policiária em 1925 com The Viaduct Murder.
De seguida cria o personagem Miles
Brendon, protagonista dos seguintes
romances: The Three Taps (1927), The Footsteps At the Lock (1928), The Body in the Silo (1933), também editado com o título Settled Out
of Court, Still Dead (1934) e Double Cross Purposes (1937). Escreve ainda alguns contos que estão incluídos em antologias famosas como Great Short Stories of Detection, Mystery
and Horror 2nd Series (1931) editada por Dorothy L Sayers e Fifty Famous Detectives of Fiction
(1983). Em Portugal no
nº 500 da Colecção Vampiro de Bolso da Livros do
Brasil, Quem Matou o Almirante um
livro conjunto de vários autores pertencentes ao Detection Club, Ronald A. Knox escreve o capítulo VIII, Trinta e Nove Pontos Duvidosos (Thirty-Nine Articles of Doubt). Lawrence Blochman (1900-1975)
– Lawrence Goldtree Blochman
nasce em San Diego, Califórnia, EUA. Este patologista forense norte-americano inicia
na juventude a carreira de escritor. Trabalha como editor no Japão, Índia,
China e França. Dedica-se à literatura policiária, na escrita e na tradução.
Publica 11 romances, cujo protagonista é o Inspector
Leonidas Prike do C.I.D.
(British Secret Service) na Índia, e revela um profundo conhecimento
da cultura e da atmosfera deste país. Escreve 1 peça de teatro e 14 short stories
com Dr. Daniel Webster Coffee como personagem
principal. Várias das suas obras são adaptadas à rádio, televisão e cinema.
Traduz livros para a língua inglesa policiários franceses, incluindo alguns romances
do famoso escritor belga Georges Simenon. Lawrence Blochman é o
4º presidente de Mystery Writers of America (1948-49). Em 1951 recebe
um Edgar Award na categoria de Best
Short Story, Diagnosis: Homicide e em 1959 é novamente
galardoado com um Edgar Allan Poe Award especial pelos serviços prestados à Mystery Writers of America. Elleston Trevor (1920-1995) –
Pseudónimo, e possivelmente o nome legal, de Trevor
Dudley-Smith que nasce em Bromley,
Kent, Inglaterra. Engenheiro aeronáutico escreve
livros policiários para jovens. Em 1946 escreve o que é considerada a sua
primeira obra policiária The Immortal Error, sob o pseudónimo Elleston
Trevor, seguida de mais 32 romances até 1994. Este autor usa variados pseudónimos: Adam Hall, Caesar Smith, Howard North,
Lesley Stone, Mansell Black, Roger Fitzalan, Simon
Rattray, Trevor Burgess e Warwick Scott. Cria diversos personagens e na
sua extensa obra literária destaca-se The Flight of the
Phoenix (1964) e a série Agente Secreto Quiller,
19 thrillers escritos com o pseudónimo Adam Hall. Ruth Rendell (1930) – Ruth
Barbara (Grassmann) Rendell
nasce em Londres. A autora que também usa o pseudónimo de Barbara Vine, cria o famoso Chief Inspector Wexford, cuja estreia se regista em From Doon With Death (1964) e que conta já com 23 títulos. Escreve
ainda mais 28 romances policiários e 33 short
stories. Como Barbara Vine
publica 14 livros. É uma escritora muito premiada e os seus livros estão
traduzidos em 22 línguas. Em Portugal diversas editoras tem publicado os seus
livros. O Policiário de Bolso voltará a esta escritora. TEMA – COLECÇÃO DE MORADAS Há colecções para todos os gostos. Há quem coleccione notas bancárias de todos os países… para serem
verdadeiras é necessário ter dinheiro. Alguns são mais modernos e coleccionam caixas de fósforos. Tenho um vizinho que colecciona garrafas de bom vinho, pelos vistos vazias,
tendo em consideração o aspecto do nariz e a recusa
em receber alguém depois das 16 horas… O meu vício
secreto é guardar as moradas dos meus amigos detectives…
se alguém estiver interessado, aqui vai, não é segredo. Commissaire Maigret: 132, Boulevard Richard-Lenoir,
Paris 11e, FRANCE Thomas Carnacki: Cheyne
Walk, Chelsea, London, UK~ Max Carrados: The
Turrets, Richmond, London, UK Martin Hewitt: Strand, a 30 jardas
da Charing Cross Station, London, UK Dr. John Evelyn Thorndyke:
5A King's Bench Walk, London, UK Hercule Poiroit: 56B Whitehaven Mansions,
Charterhouse Square, Smithfield, London W, UK; ou
228 Whitehouse Mansions em The Cat Among the Pigeons. Na tradução portuguesa Poirot e as Jóias do Príncipe o nº 31 das
Obras Completas de Agatha Christie da Livros do
Brasil na página 357 tem Whitehouse Mansion, 28; ou ainda, 203, Whitehaven
Mansions em The Clocks. Na tradução portuguesa Poirot e os Quatro Relógios o nº 33 das Obras Completas de Agatha Christie
da Livros do Brasil na página 326 temos Whiteheaven
Mansions, 203 Miss Jane Marple: Danemead, High Street, St Mary Mead Nero Wolfe: West 35th Street, New York City USA Philip Marlowe – Hobart Arms, Franklin Avenue ,
Hollywood USA TEMA
– OS MUSEUS DE SHERLOCK HOLMES A memória do
Grande Detective acha-se perpetuada em placas,
réplicas de objectos canónicos, reproduções da
figura de Holmes, cartazes alusivos às suas
aventuras e outras manifestações de carinho e respeito, espalhadas, um pouco
por todo o mundo, desde Londres (o que não surpreende) até ao Japão (o que já
é motivo de estupefacção, porque, que se saiba, nas
suas andanças canónicas, nunca Holmes foi ao
Oriente). A mais espectacular de todas essas iniciativas é constituída
pelos museus dedicados ao Grande Detective e que,
em regra, compreendem a reconstituição dos aposentos canónicos de Baker Street, ou, pelo menos, da sala em que Holmes recebia os seus clientes e se dedicava quer às
suas loucuras dedutivas (com recurso ao cachimbo, ao violino, ou, até à
cocaína), quer a entretenimentos que por vezes nada tinham a ver com o caso,
de momento entre mãos: experiências químicas; tiro ao alvo nas paredes;
leitura do pensamento de Watson; consumo de bebidas (com ou sem intervenção
do gasogénio) e de iguarias variadas, que tanto podiam ser um ganso recheado
como um tratado naval, servido como hors d'oeuvre, etc… Desses museus
era já conhecido o que, recuperado do Festival Britânico de 1951, é um dos
motivos de orgulho do pub The
Sherlock Holmes, em Northumberland Street, a meio
caminho entre Trafalgar Square e o Tamisa. Dois outros se
lhe vieram juntar. O primeiro foi inaugurado, em 1990, no nº 239 de Baker Street (numerado 221-B, por razões de óbvio
oportunismo. O seu proprietário, John Adianitz,
instalou-o num prédio, estreito e esguio, de três pisos, e recheou-o com
móveis vitorianos que, para visitantes mais exigentes, parecem provir da
Feira da Ladra Londrina. O bilhete de entrada, que não é barato, dá acesso a
um arremedo da morada canónica em que alguns adereços tradicionais alternam
com outros que pouco ou nada dizem ao holmesiano
que se preze. Acresce que a configuração e a tacanhez do imóvel deixa no
visitante sérias dúvidas quanto à higiene de Holmes
e Watson e indicia a promiscuidade a que seriam obrigados para conviver, em
espaço tão apertado, com Mrs. Hudson,
Billy e uma ou duas criadas. O museu mais recente data de 1991 e adorna o Parkhotel Savage de Meiringen, na Suiça, onde Conan Doyle situou o Englischer Hof que serviu de
albergue ao famoso par, no Problema
Final. Os hóspedes podem tomar o pequeno-almoço ou os aperitivos num
salão que, com algum rigor, pretende reproduzir a sala de visitas do 221-B de
Baker Street, antes de irem contemplar, ao vivo, a
catarata de Reichenbach – como parece fazê-lo a
estátua de Holmes, sentado num pedregulho, à espera
do regresso de Watson, ludibriado pela mensagem fraudulenta de Moriarty que nas sombras aguarda o momento oportuno para,
sem testemunhas, pôr ponto final a certo problema que o atormentava: a
sobrevivência do seu inimigo privado nº 1. M. Constantino In Policiário de
Bolso,
17 de Fevereiro de 2012
|
||||
© DANIEL FALCÃO |
|||||
|
|