Publicação: “O Almeirinense” Data: 15 de Janeiro de 2008 Torneio Domingos Cabral
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TORNEIO DOMINGOS CABRAL SOLUÇÃO DO PROBLEMA Nº 4 A MORTE DE ANÍBAL CALDEIRA – O BANQUEIRO Autor: Sete de Espadas O nosso amigo Sete
de Espadas organizou esta “Morte de Aníbal Caldeira – o Banqueiro” como um
problema aberto e, por isso, não fez a solução oficial, dado que, com aqueles
elementos, era possível optar, com suporte textual, por mais de uma hipótese
de criminoso! Criminoso (a, os),
sim, pois de crime de tratava. E os elementos estão todos lá, sendo esses
pormenores de ordem técnica (objectivos) os responsáveis pela perda de pontos
de bastantes concorrentes. O facto de não ter
sido encontrada, no local do crime, a cápsula que a Star ejectou (pormenor
que escapou a alguns – mesmo totalistas, já que acertaram nos outros todos),
o aspecto do buraco de entrada da bala, a quase total “limpeza” da sala, a
posição do corpo, a arma na mão (para mais com silenciador), a presença de um
silenciador, a porta não fechada por dentro, o local de entrada do tiro, o
aspecto da cara e da cabeça da vítima, um caco (apenas) de vidro (não pertencente
ao relógio do morto)… tudo isto (pelo menos) indiciava e provava que não
tinha sido suicídio (não nos é referido se a arma continha – ou não –
impressões digitais). Quanto ao
criminoso, a maioria optou pelo Secretário, dado ele ter, aparentemente,
mostrado que sabia demasiado, ao precipitar-se para chamar a polícia, sem se
certificar de que o patrão estava (mesmo) morto e sem que, pelo texto, alguém
lhe tivesse dito a causa da morte! O Criado também
recolheu uma boa dose de suspeição, por ter sido a última pessoa a vê-lo e o
corpo ter sido descoberto com o sangue já coagulado, numa época do ano em que
costuma estar frio. Esta dedução é feita com as reservas de não podermos
saber quem fornece esse elemento (as pessoas que viviam em casa ou a polícia;
logo, a que horas foi constatada a coagulação). O facto de a
cozinheira estar no seu posto à 1 hora e à espera da sobrinha da vítima,
pareceu, também, muito suspeito. Daí, o cenário de uma cumplicidade (até
total) ter sido sugerido… Como muitos
disseram, com tais declarações, todos tinham de ser, cuidadosamente,
interrogados de novo, pois, como alguém disse, com tais elementos nenhum
tribunal condenaria ninguém! Numa coisa estamos
todos de acordo – o móbil do crime: alguém quis fechar a torneira antes que a
água acabasse (ou seja, antes que a ruína do banqueiro fizesse desaparecer o
dinheiro que ele tinha legado)! |
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DANIEL FALCÃO |
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