Autor Data 26 de Fevereiro de 1976 Secção Competição Prova nº 3 Publicação Mundo de Aventuras [126] |
ACONTECEU NO BANHO… Agatha Às
2 h e 15 m o automóvel do inspector Soares chegou
ao n.o 52 da Rua do Monte. –
Que aconteceu – perguntou ele a um polícia que já lá estava e que o tinha
chamado. –
Bem! Parece que a mulher se suicidou. Tem os pulsos cortados e na boca tem
urna esponja. Deve-a ter utilizado para não gritar enquanto cortava os pulsos
– respondeu o polícia. –
Diga ao médico que a vá observar e diga ao marido da morta que lhe quero
falar – tornou o inspector. Depois
de ter feito algumas perguntas ao marido da morta o inspector
ficou a saber que a morta e o marido tinham ido a uma festa no dia anterior e
só tinham voltado perto da hora e meia da manhã. Pouco depois de terem
chegado a casa a mulher tinha ido tomar banho. Como não ouvisse a água a
correr o marido chamou-a. Ela não respondeu e ele insistiu. Ela continuou a
não responder e ele arrombou a porta que estava fechada por dentro à chave e
encontrou-a já morta. Pegou no telefone e chamou a polícia. –
O médico já examinou a morta? – perguntou o inspector ao polícia. –
Já terminou e já se foi embora porque tinha mais que fazer, – respondeu o
polícia. – mas deixou um relatório provisório – continuou
entregando uma folha de papel ao inspector. O
inspector leu alto: «A
morte da vítima foi causada por hemorragia devida a profundos cortes em ambos
os pulsos e deu-se entre a hora e meia e as duas e meia de hoje.» –
Encontraram o instrumento que serviu para cortar os pulsos? – perguntou o inspector. –
Encontraram. Era uma faca de cozinha, – respondeu o polícia – e estava bem
afiada. Estava tão bem afiada que os pulsos ficaram cortados até ao osso. –
Bem, – disse o inspector – chama uma ambulância e
diz ao marido da morta que nos acompanhe. 1.a
pergunta – crime ou suicídio? 2.a
pergunta – porquê? |
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© DANIEL FALCÃO |
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