Autor

A. Raposo & Lena

 

Data

1 de Fevereiro de 2017

 

Secção

O Desafio dos Enigmas [17]

 

Competição

Torneio Policiário 2017

Prova nº 1

 

Publicação

Audiência GP Grande Porto

 

 

O PRIMEIRO FESTIVAL DA PETA

A. Raposo & Lena

 

Tempicos foi convidado para abrir em Janeiro de 2017, em Vila de Frades, Alentejo, o I Festival da Peta.

Havia já uns belos dias que Tempicos ficara em Vila de Frades para assistir às Festas Báquicas e aproveitar e fazer uma cura de vinhos da talha, grande especialidade da terra.

 Para quem não saiba são uns vinhos feitos em grandes talhas, como já faziam os romanos, poderemos dizer que são ecológicos, pois não levam leveduras nem enzimas, nem sulfuroso, nem aquelas merdas que as grandes marcas colocam que só fazem dor de cabeça e dão cabo da tripa.

Tempicos precisa de ter cuidado com a alimentação e a bebida porque anda meio mundo a enganar o outro e a vida é curta e é preciso ter um olho no burro, outro no cigano e o terceiro no político.

A Comissão de Festas do Festival da Peta – uma novidade a implementar num País cheio de gente com jeito para a aldrabice – conseguiu “engatar” o detetive Tempicos após ter oferecido estadia e um cachet em géneros: torresmos de porco preto, uma especialidade ainda praticamente desconhecida.

E, sem mais delongas, Tempicos iniciou a abertura dos trabalhos com a sua voz avinhada tão do agrado de algumas viúvas endinheiradas e com falta de carinhos:

“Muita gente me tem chamado de aldrabão – injustamente diga-se! Sou muito criativo e o pessoal confunde. Tenho sido uma vítima.

Vou contar-vos uma faceta da minha já longa vida.

Faço anos no oitavo dia do mês em que terá início o ano de 5778 da era israelita.

O sol vai nascer em Lisboa às 07h06m e vai pôr-se às 20h08m, no primeiro dia do mês em que nasci.

E no ano em que nasci Salazar por lei determinou a ilegalização de todas as sociedades secretas incluindo a Maçonaria.

Tudo que vos contei é verdadeiro exceto um pequeno pormenor para que os nossos amigos descubram a Peta, conforme a organização do Festival obriga.

Deixei o meu cartão de cidadão nas mãos da organização do Festival o qual será exibido no final da festa.

Façam o favor de se pronunciar. E aqui vai mais um copo de tinto da talha, para acabar a história.”

E assim falou Tempicos.

Qual o seu parecer, caro leitor?

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO