Autor Data 10 de Outubro de 1959 Secção Gabinete do Inspector Varatojo
[65] Competição Torneio Scotland Yard 14º Problema Publicação Diário Ilustrado |
Solução de: O CASO DO PONTO “C” A. Varatojo O
ponto «C» era Joana Miguel. E,
senão, vejamos: a)
Se o tiro fosse dado da porta, os vidros do espelho não estariam daquele lado
e, muito provàvelmente, Bonita Baptista – a vítima – teria visto o criminoso
dentro do camarim apontando-lhe a arma. b)
Apenas com a porta entreaberta (visto a porta abrir para dentro) não seria
possível ao criminoso ver a vítima e atirar. c)
Tinha-se afirmado, a certa altura que, apenas três pessoas sabiam do crime.
Uma, era o empresário; outra, o Inspector e, a outra, o criminoso ou
criminosa, claro está. Se
nós sabíamos que Joana Miguel testemunhara e o Inspector ainda não falara com
o engenheiro, este era um excelente indício para seguir para uma pista certa.
COMO
SE DEU O CASO: Na verdade, o engenheiro Cristino Costa ameaçou Joana Miguel
por que esta tentava por todos os meios afastar dele Bonita Baptista. Joana
tinha esperanças de mais tarde vir a conquistá-lo. Ao
ver que nada conseguia, preferiu vingar-se, duplamente, assassinando Bonita
Baptista com a pistola de Cristino Costa a qual roubara havia dias. Disparou
de surpresa pelas costas da rival, atirando de junto do biombo. Atirou dois
tiros para cumprir as palavras do engenheiro. O
primeiro tiro matou a artista e o segundo quebrou o espelho. |
© DANIEL FALCÃO |
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