Autor Data Maio de 1978 Secção Enigma Policiário [26] Competição I
Grande Torneio de Divulgação 5º Problema Publicação Passatempo [48] |
Solução de: NOS MARES DA GROENLÂNDIA Detective Misterioso Apresentada
por Mabuse 1 – Em minha
opinião houve crime. 2 – Na história
do Peixinho há vários pormenores que não encaixam. Assim, o Manuel Silva nunca levaria a apólice para a pesca,
quer isto dizer, não a levaria consigo no dóri, mas sim tê-la-ia guardada no
armário que lhe estaria distribuído a bordo. Se o morto
transportasse a apólice naquele momento, ao
cair á água a apólice ficaria inutilizada, ou, se o não ficasse, não estaria bem legível, perfeitamente
dobrada em quatro, que até nem parecia
ter andado nas mãos de pescadores; tinha forçosamente de estar amarrotada
e talvez rota, se, repito, não se tivesse inutilizado completamente. Também não é crível, que o Silva ao cair ao mar,
fizesse um ferimento na cabeça donde o sangue saísse em borbotões, e se
atendermos à baixíssima temperatura das águas da região, mesmo que houvesse
ferida, a água gelada actuaria como hemostático, não deixando o sangue sair nas quantidades descritas. Diz o Peixinho
a certa altura, que fundearam os dóris.
Depois das peripécias todas, e ao ver o companheiro quase morto, remou com quantas forças tinha para o
navio, tudo isto sem fazer a mínima referência a ter levantado a âncora do seu dóri. Claro que o
Insp. Prata Rodrigues tinha muita razão, ao suspeitar do António Peixinho
como assassino do seu companheiro Manuel Silva. |
© DANIEL FALCÃO |
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