Autor Data 1 de Fevereiro de 2024 Secção Competição Torneio
Cultores do Policiário Problema Policiário nº 2 Publicação Blogue Repórter de Ocasião |
CRIME AO SOL Faria –
Sargento Pázeiro, mande
prender o sr. Anacleto Silva, pelo assassinato do
tio. Quem
assim falava, era o Inspector Faria, satisfeito por
mais uma vez ter conseguido resolver um dos seus famosos casos. Desta
vez o mesmo não o ocupara muito tempo e ele pôde, assim, dispor de mais uma
oportunidade para fazer a sua partidinha de ténis, na companhia do Sargento Pázeiro. Porém,
antes de ir à sua partidinha de ténis, o Inspector
deu-me todos os elementos do caso e autorizou-me a apresentá-los a todos os Policiaristas, para ver se o conseguem resolver. OS ELEMENTOS SÃO OS SEGUINTES: a)
A vítima era o sr. Pedro Silva, industrial de
renome, conhecido pelos seus modos duros. Estava constantemente a discutir
com o sobrinho e no dia anterior ameaçara-o de que o iria deserdar. b)
O local do crime é um grandioso imóvel de dois andares, localizado dentro de
uma enorme quinta, a qual estava isolada do exterior, por um grande muro que
a rodeava. c)
A vítima encontrava-se no seu escritório, localizado no 1º andar, tombada de
frente sobre o bordo da única janela do mesmo, com a cabeça pendente para a
rua e apresentava um ferimento muito profundo na cabeça, mais propriamente na
zona da testa, provocado por um instrumento corto-contundente. d)
A janela estava localizada na parte da frente do imóvel. e)
Na parede exterior, junto da janela encontrava-se uma escada encostada ao
alto. f)
A parede junto à janela, bem como a escada, apresentavam alguns salpicos de
sangue. g)
Na rua, por baixo da janela e na direcção em que
pendia a cabeça da vítima via-se uma poça de sangue. h)
A única porta do escritório, na altura do crime estava fechada por dentro, à
chave e, além disso, ainda estava trancada por dentro com uma corrente de
segurança, pois, após o almoço, a vítima gostava sempre de ficar sozinha
durante algum tempo e não a abria para ninguém. i)
Havia apenas dois telefones em casa. Um estava na sala, mas não funcionava
devido a avaria e o outro estava no escritório da vítima. j)
No armazém, localizado nas traseiras do imóvel e onde se guardava, entre
outras coisas, a farinha, foram encontrados entre os sacos de farinha,
enrolados num pano um pouco sujo de sangue, um martelo, uma faca de mato e um
machado. l)
Na altura do crime só se encontravam na quinta, a vítima e o seu sobrinho, o sr. Anacleto Silva seu único herdeiro. m)
O sobrinho da vítima estava vestido desportivamente, no entanto uma das pernas
das suas calças estava um pouco suja de farinha. n)
A vítima funcionava como um autêntico relógio e sem excepção,
todos os dias, à mesma hora, abria à janela do escritório e ficava de pé
junto da mesma durante algum tempo a saborear o sol. o)
A porta do escritório, quando à Polícia chegou, estava fechada e trancada por
dentro, sendo arrombada posteriormente para se poder remover o corpo. DEPOIMENTO DO SOBRINHO: Ainda
não tinha saído de casa nesse dia. Após o almoço, como se sentia cansado,
continuou ainda em casa e aproveitou para fazer um telefonema a um amigo.
Após o telefonema, resolveu sair para a rua e, casualmente, olhou na direcção da janela do escritório e deparou com aquela
fatalidade. De imediato correu para fora da quinta a pedir socorro e conseguiu
assim contactar a Polícia. Estes
elementos permitiram ao Inspector Faria resolver o
caso; espero, pois, que não tenham dificuldades em o fazer! PERGUNTAS: 1)
– Qual das três armas apresentadas no texto foi a utilizada no crime?
Justifique. 2)
– Como julgam que o crime foi cometido? Justifique. 3)
– Quais os pormenores que provam a culpabilidade do sobrinho? 4)
– Qual o móbil do crime? |
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© DANIEL FALCÃO |
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