Autor

Hal Foster

 

Data

24 de Junho de 1976

 

Secção

Mistério... Policiário [67]

 

Publicação

Mundo de Aventuras [143]

 

 

VAMOS LÁ «CAÇAR» O FULANO…

Hal Foster

 

Eram 14 horas quando se ouviu um carro na rua. O inspector Rosa entra, deita um olhar rápido aos assistentes e dirige-se para um sujeito de barbas.

– Cá estou, amigo Oliveira! Ora conte-me pormenorizadamente como as coisas aconteceram!...

– Obrigado por ter vindo, Inspector. Foi o seguinte: quando cheguei, exactamente às 13.30 horas, encontrei o meu tio Freitas sentado na cadeira do escritório, que está situada junto da janela e de frente para a porta, com uma faca na garganta. Estarrecido, chamei pelos criados Abel e Cristina e pelo meu irmão Manuel. Depois, rapidamente, telefonei para si, Inspector… Roubaram as jóias e um maço de notas no valor de 120 contos, que meu tio costumava guardar na gaveta da mesa…

O lar dos nossos amigos situa-se num 1.o andar que dista do chão 3 metros. O inspector Rosa chega-se à janela e nota que esta está apenas encostada…

Os interrogatórios:

CRISTINA (19 anos): Não ouvi nada porque estava na cozinha a lavar a louça. Mas, pareceu-me que o patrão ainda estava no escritório, quando passei pelo corredor para ir buscar os talheres sujos à sala…

ABEL (40 anos): Estava a ler um livro no parque, porque durante as horas de trabalho o patrão não queria que lesse e eu então vou para lá, sento-me no banco e leio. A leitura é a minha perdição. Não vi nem ouvi nada. Concentrado na leitura nunca dou atenção a mais nada. O título da obra é «COMO UTILIZAR A ARMA BRANCA»

MANUEL (25 anos): Deitado em cima da cama, passava o tempo a contar as tábuas do tecto enquanto pensava que bom seria ter dinheiro suficiente com que pusesse colocar-me no negócio de electro-domésticos… Quando ouço a gritarem e a chamarem por mim; fiquei alarmado e corri em direcção dos gritos… Depois tomei conta da situação.

Todos lamentaram a morte do querido amigo Freitas. Não tinha inimigos. O móbil do crime foi a «massa»

O inspector Rosa perante os factos, ficou indeciso e apesar de muitos indícios ia tomando notas, não disse nada. Entretanto entra na sala uma outra personagem:

O jardineiro ANTÓNIO (45 anos): Estava a tratar do meu serviço quando ouvi gritos e o sr. Oliveira a chamar pelo meu nome. Vim logo que pude. Como estava a trabalhar aí em frente – aponta para além da janela – no zimbro, demorei a chegar. Acho que deve ter acontecido algo, tanto pelos gritos como pela gente que aqui está…

Acabados os interrogatórios, tudo apontado, tudo esquematizado, o inspector despediu-se, dizendo que mais tarde voltaria…

 

…Pegou no automóvel, deu a volta ao pequeno círculo onde estava uma escada encostada a uma bonita e densa árvore, endireitou o volante e… ala, que se faz tarde pana acabar o almoço que ficara no meio. Dois ou três quilómetros percorridos, pára, subitamente, o automóvel…

– Mas é isso… É muito esperto o assassino mas… É pena! Vamos lá «caçar» o fulano…

 

1 – Quem acha que foi o criminoso?

2 – Porquê? Exponha devidamente a sua opinião e, se possível, diga como agiu o criminoso.

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO