Autor Data 26 de Janeiro de 1978 Secção Mistério... Policiário [150] Competição Problema nº 2 Publicação Mundo de Aventuras [226] |
FOI APÓS O LEITÃO ASSADO… Helder Martinho Três
primos viviam nos Estados Unidos da América – João, Joaquim e José.
Encontravam-se eles no mês de Setembro em Portugal – Lisboa – na casa do tio
Júlio. Num
domingo, ao jantar, depois de um passeio pelos arredores de Lisboa,
encontraram-se os três sobrinhos e o tio à mesa, saboreando um belo leitão
assado que, pelos vistos, estava delicioso… «Conversa
daqui, conversa dali» e vem à «tona» o assunto familiar… O tio Júlio como estava
bem disposto e já um pouco «alegre», revelou-lhes
que, por serem bem-educados e sempre dedicados para com ele, a metade da sua
fortuna seria dividido pelos três, e a outra metade pela restante e numerosa
família, tendo já feito testamento. No
dia seguinte estava um dia ameno, e os primos foram passear, para conhecer
melhor Lisboa. O
primeiro a chegar a casa foi José e precisando de falar com o tio dirigiu-se
à biblioteca onde ele costumava rabiscar os seus papéis, deparando com uma
cena desagradável. No chão jazia o corpo do tio… A morte fora provocada por
um tiro de pistola no coração dando morte imediato ao industrial Júlio. A
pistola presumiu-se que era de silenciador dado que os criados não «sentiram»
nada… O sangue já se encontrava coalhado… O crime dera-se por volta das 10
horas… O
inspector veio com o seu amigo Jacinto – intérprete
de profissão e bastante conhecedor da cidade de Lisboa. Depois
de recolher as declarações dos suspeitos apurou que:
1.o
– O João era um gastador de dinheiro, andava sempre cheio de dívidas e
«amante» da vida nocturna… Já por várias vezes se tinha
metido em grandes zaragatas. Nessa manhã tinha ido fazer umas compras na zona
da «Baixa»… 2.o
– O Joaquim era um homem honesto, fiel seguidor do seu tio e estava a prosperar
cada vez mais no ramo industrial, mas precisava urgentemente de bastante
dinheiro para fazer o maior empreendimento da sua vida: montar uma fábrica de
cerveja. Segundo ele dissera, nessa manhã tinha ido visitar a Torre de Belém…
3.o
– O José era um homem pacato, habitual jogador da Bolsa… Ultimamente as suas acções tinham baixado vertiginosamente levando-o à ruína.
Nesse dia tinha ido passear para as «bandas» de Alvalade… O
inspector Josué ainda estava confuso. Aquele caso
parecia difícil… Nem sinais de pistola… Os criados, estando na cozinha, não
ouviram nem sentiram ninguém entrar em casa… Em suma, não havia qualquer
pista que indicasse o possível assassino. Todos eles precisavam de dinheiro! O
inspector estava para desistir quando o seu amigo
Jacinto, que até aí estivera calado, diz: –
Já sei quem é o assassino. Porque é que não me teria lembrado mais cedo! Até
é fácil… 1
– Quem poderia ser o criminoso, segundo Jacinto? 2
– Indique qual a razão que o levou a indicar esse como presumível assassino? |
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© DANIEL FALCÃO |
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