O conde foi ao
quintal,
na
quinta, de madrugada,
não
sabendo que um punhal,
tinha
a sua morte traçada.
Atrás dos cedros
o luar,
na
piscina reflectido,
avançava
devagar,
com
a sombra nesse sentido.
Mais ninguém nas
imediações,
ouviu
o grito derradeiro,
quando
o corpo em convulsões,
desabou
sobre um canteiro.
O morto era um
ricaço,
que
deixara em testamento,
a
um sobrinho vivaço,
o
seu basto provimento.
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Houve um grande
pandemónio,
com
três sobrinhos chamados:
Luís, Raul e
António;
e
Jorge e Pedro, enteados.
O polícia
investigou,
perguntou
e concluiu,
que
um dos cinco falhou!
Falou muito, mas
mentiu.
E ao fazer o
relatório,
o
polícia meditou:
– Tanto foi o
falatório,
mas
já sei quem o matou.
Relê, Leitor, o
enigma,
e
dá o teu veredicto.
Eu sei que tens
por estigma,
decifrar todo o delito.
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