Autor Data Julho/Agosto de 1949 Secção Competição Torneio Preparatório IV Problema Publicação A Bomba |
ACONTECEU EM MADRID L. R. C. Madrid
(Espanha) – Discutíamos as probabilidades de qualquer criminoso se furtar, ao
castigo após o crime, e o meu amigo, logo que finalizei os meus argumentos,
apressou-se a comentar: «Para
te provar, que, cedo ou tarde, o castigo vem, ou relatar-te o caso
recentemente ocorrido, aqui, nesta bela Madrid. E continuou: «O sábio
químico, D. José Guarez, foi assassinado, como a
polícia constatou, com uma pancada no crânio, tendo também, o criminoso,
roubado os planos de uma bomba de grande poder destruidor, de que era
inventor. Suspeitou a polícia do seu ajudante. Todavia, este, largamente interrogado,
jurou estar inocente, alegando que nada tinha a ver com o caso. Na sua
opinião, «aquilo foi aceitável!» O professor arranjara uma mistura de
carbonato de sódio cristalizado em pó e nitrato de amónio em pó, enquanto eu
preparei água, em partes idênticas. Esta ligação,
reagiu acto contínuo e o professor ao pegar na
retorta queimou-se. Correu com uma blasfémia, para a bacia de água que estava
a um canto; foi então que o peso, quási em equilíbrio, sobre o armário lhe
caiu em cima. Infeliz! Levou consigo, o segredo do seu invento! – terminou o ajudante. A
polícia examinando minuciosamente o peso «homicida», notou que este tinha
agarrados, alguns cabelos da vítima… –
É óbvio – prosseguiu o meu amigo – que o ajudante mentia descaradamente.
Quando lhe davam voz de prisão correu rapidamente para a janela do
laboratório e fugiu, através do jardim. Aqui começou o seu castigo:
«Primeiramente, foi colhido por um automóvel; levado ao hospital lutou
desesperadamente com a morte; e quási curado empreendeu nova fuga, desta vez
com êxito. Mas, obra do destino, ao fazer experiências com a bomba, para uma
potência estrangeira, aquela explodiu, vitimando o seu ladrão e causador duma
morte! Concordei
afinal com as teorias do meu amigo, mas, confesso, não cheguei a descobrir
quais os motivos que incriminavam o ajudante. Saberão
os «detectives» da «BOMBA», dizer-me?...
PERGUNTO:
1)
Onde mentiu o ajudante, e por que chegar a tal conclusão? 2)
Como se teria passado o caso? |
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© DANIEL FALCÃO |
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