Orientador Luiz R. Correia Datas De 28 de Fevereiro de 1949 Até Novembro de 1949 Publicação A Bomba |
SECÇÃO POLICIAL PRIMEIRO CAPÍTULO – HISTORIAL Tendo lido na secção “Quem foi?”, do «Mundo de Aventuras»,
numa entrevista concedida, ao Manuel Barata Dinis pelo Luís Correia,
orientador da secção, que este dirigira também uma secção policial na revista
«A BOMBA», fui investigar a sua existência. Na 1.ª série da revista, que eu
possuía completa, do n.º 1 ao 58, entre 19 de Fevereiro de 1946 e 25 de Março
de 1947, a secção não apareceu. Em consulta na BPMP, encontrei uma segunda série, cujo
n.º1 tem a data de 17 de Fevereiro de 1948. No n.º 34 (26 10.1948) a revista
passa a ser mensal, e o seu formato passou a ser mais reduzido, contando com
52 páginas. Porém, no n.º 37, de 31 de Janeiro de 1949, noticiam terem
recebido uma proposta para a fundação duma secção de PROBLEMAS POLICIAIS. Mas, esse é o ultimo número que se encontra naquela
encadernação, em que os quatro últimos números da revista são no formato
pequeno. Como não encontrámos a tal secção policial que o Luís
Correia afirmara ter orientado, solicitámos o maior empenho do pessoal da
biblioteca, mas não se encontraram mais exemplares dessa revista. Diligências semelhantes, efectuou em Lisboa, na BNP, o nosso amigo Leonardo de Sá,
e o resultado foi o mesmo. A segunda série de «A BOMBA»,
terminara naquele “malfadado” n.º 37 (31.01.1949). Mas nem tudo estava terminado. Palavra passa a palavra, e
o conceituadíssimo Assim, é graças à cedência de “scans” das páginas de “A
BOMBA”, que Joel Lima possui, e “scans” das fotocópias que lhe foram
fornecidas pelo nosso comum amigo Aurélio Lousada, que se pode organizar a
breve história desta secção. Foi, portanto, com o n.º 38 que a revista reapareceu, em
28 de Fevereiro de 1949, com a seguinte página de apresentação:
para os Detectives amadores A Abrir Inauguramos neste número de a «BOMBA» uma escola de Detectives, satisfazendo assim, dezenas de pedidos que
nos foram dirigidos. Nela, apresentamos aos seus «alunos», um pouco de tudo
dentro do vasto campo policial, é óbvio, como numerosos problemas, testes,
biografias, crítica literária do género, etc. Porém, torna-se imprescindível a adesão de todos os
amadores do «detectivismo» e apaixonados da
literatura de emoção, a fim de que os torneios em estudo, entre decifradores
e produtores, se revistam de apreciável interesse. E depois de algumas instruções sobre como concorrer, e
como se fariam as classificações e seriam premiadas as soluções, concluía: E, agora, para
ajuizarmos das vossas possibilidades, uma pergunta: Como actuaria
se fosse chamado a resolver um caso de homicídio? Enviem os vossos relatórios… O mais pormenorizado, terá
como prémio uma obra policial. Na segunda página publicava-se uma anedota ilustrada, e
na terceira o TESTE (1), e pequenos textos informativos. Em «A BOMBA» n.º 39 (Março/Abril de 1949), a abertura
fazia-se com a publicação da fotografia do concorrente – vencedor de: “Como actuaria se fosse
chamado a resolver um caso de homicídio?” O premiado foi MATOS MAIA (Joe Match). Nas duas páginas seguintes, iniciava-se o Torneio
Preparatório, com o (I Problema) UM CASO SIMPLES de L.R.C. O autor é, como se depreende, Luís R. Correia,
o orientador da secção. A Secção POLICIAL do n.º 40 (Maio de 1949), abre com o II Problema do Torneio Preparatório, um
original: TRÊS VINGANÇAS... de Visconde de Val’Amor, do
qual se publicava uma fotografia, em que se reconhece o Manuel Constantino,
que subscreve uma dedicatória assinada: ROMEU! Segue-se a solução do TESTE (1), e a lista dos
solucionistas, bem como algumas informações e CORREIO. E na quarta página, UM MISTÉRIO… retirado das páginas dos
jornais. A BOMBA n.º 41, de Junho de 1949, iniciava-se com o III
Problema do Torneio Preparatório, também com a chancela de L. R. C. QUAL DOS DOIS? Na terceira página da secção, divulgavam-se as soluções
dos I e II problemas do Torneio, UM CASO SIMPLES e TRÊS VINGANÇAS. Seguiam-se as listas de solucionistas e premiados. E a secção encerrava-se, com críticas a dois romances
policiais de edição recente. No n.º 42 (Julho/Agosto.1949) a secção apresentava-se
algo discreta, em duas partes de páginas. Na primeira, prosseguindo o Torneio
Preparatório com o seu Quarto Problema: ACONTECEU EM MADRID. Seguia-se a solução do problema QUAL DOS DOIS?
Acompanhava-a, a lista de solucionistas e o nome do premiado. Mas na revista seguinte, n.º 43 (Novembro.1949), voltou a
pujança. A Secção Policial abria na página 2, com “Um conto de Elliot Bailey”, O INACREDITÁVEL DELITO. Esse escrito
prolongou-se até à página 5, apenas interrompido, em três quartos de coluna,
por um texto sobre recordes, um deles atribuído a Edgar Wallace. Na página 6,
um teste “Veja se sabe responder”, e a informação de que, por falta de
espaço, não se publicaria o problema policial de autoria do director da secção. A conclusão do conto passava para a
página 38, e acabava na 40. Acabava o conto… e a secção extinguia-se, com o
desaparecimento da revista. SEGUNDO CAPÍTULO – PROBLEMAS
NOTA: Temos em arquivo as revistas
números: 34 a 41 e 43. A reprodução das páginas referentes ao n.º 42, foram cedidas pelo Carlos Gonçalves. (A n.º 39, em
duplicado). Pesquisa e edição de Jartur Concluída em 11.09.2018 |
||||||||||||||||||||||||||||||
© DANIEL FALCÃO |
|||||||||||||||||||||||||||||||
|
|