Autor

Márvel

 

Data

17 de Maio de 1959

 

Secção

Na Pista do Culpado [2]

 

Competição

Torneio de Abertura

Problema nº 2

 

Publicação

Ordem Nova

 

 

DE CINCO RESTAM QUATRO

Márvel

 

Um grito estrondeante partiu daquela casa.

– Está morto! Está morto!

E nada mais se ouviu, alem de um choro convulsivo.

Um transeunte olhou em volta. Um polícia acorria na alternativa de ser necessária a sua intervenção.

– Foi dali daquela casa. – explicou ao cívico.

Sem uma palavra o agente bateu à citada porta. Atendeu uma criada de semblante transtornado.

– Aconteceu alguma coisa? – inquiriu o polícia.

– S… sim… - e irrompeu em soluços.

– Vá, então – consolou-a o civil – O Mateus não era mais que seu patrão.

– Leve-me até lá. - ordenou o guarda.

Sempre chorando, a rapariga obedeceu. No local, rodeando o cadáver de um homem ainda novo, viam-se dois rapazes e duas senhoras.

O agente da autoridade começou a tirar apontamentos. O morto era Mateus Andrade, e residia com seus quatro irmãos que agora cercavam o seu corpo sem vida. Quem descobrira o macabro espectáculo e gritara, fora Margarida Andrade, que continuava chorando.

O transeunte que entrou com o guarda, era amigo da família. Disse que ainda há pouco estivera com o infeliz Mateus e agora…

O polícia pensou um bocado e lembrou-se de uma coisa, uma coisa que lhe permitiu resolver o caso e obter a ambicionada subida de patente.

 

PERGUNTA-SE:

– Quem mentiu?

– Porque o afirma?

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO