Autor Data Agosto de 1981 Secção Enigma Policiário [61] Competições II
Volta a Portugal em Problemas Policiais e Torneio de Homenagem a Sete de
Espadas 2ª Etapa | Lisboa – Almada – Barreiro – Setúbal – Grândola – Beja e 1º Grande Torneio de Fórmula Um Policiária e Torneio de
Homenagem a Jartur Problema nº 6 | Grande Prémio de Coimbra Publicação Passatempo [83] |
Solução de: A MORTE DO FOTONOVELISTA Marvel Posto
que se concluiu que a frase era autêntica, não um ardil do assassino para
incriminar outro, Raimundo e Azenha são automaticamente eliminados. Aliás,
desconheciam o texto e não tinham visto as fotografias do foto-enigma. Das
premissas do texto do foto-enigma ressalta que «Mendes» era o único sem alibi
sólido, pelo que seria o criminoso da história se não sucedesse que, conforme
as regras inflexíveis da vítima, o culpado que se obtinha pela leitura
exclusiva do texto nunca era o verdadeiro. Logo, «Mendes»-Baptista
(a identificação de Baptista como «Mendes» ressalta claramente do facto de o fotonovelista assim o ter chamado distraidamente) é
também afastado do rol dos suspeitos. Segue-se
que o texto está fraccionado em 4 partes, a exigir,
obviamente, outras tantas fotografias. Ora, Só FORAM ENCONTRADAS TRÊS!
Conclusão: o assassino fez desaparecer uma delas… aquela que o indicou como
assassino do foto-enigma – logo , como assassino
real! Sucede que se impunha ao assassino ter conhecimento do texto e das fotos,
para, decifrado o enigma, saber qual ou quais das fotos deveriam ser
destruídas. Isso elimina Sines, já que Azenha guardou o texto no bolso antes
de ele chegar aos estúdios, entregando-o posteriormente ao Insp. Madeira. Nunca o teve, portanto, Sines, ao seu
alcance. Qualquer
dos restantes, Rodrigues e Fonseca, teve acesso ao texto no período em que
ele repousava na prateleira e os três «modelos» presentes passeavam.
Precisavam (um deles) de examinar as fotos. Mas Rodrigues, quando subiu em
primeira mão para espreitar a cena do crime, foi pressentido pelo inspector. Ora, nessa altura, ainda o cenário portador da
frase incriminatória não era visível da porta (só mais tarde o médico legista
o mandaria colocar encostado à parede fronteiriça à porta; e Madeira, quando
visitou o local do crime, só depois de tornear o biombo e o cenário a
descobriu; não era, portanto, então, visível da entrada). Não podia saber,
por conseguinte, que urgia destruir quaisquer fotografias. É,
pois, Fonseca o criminoso. Espírito
mesquinho e autor falhado, invejava o génio do
morto. Perante mais uma prova desse génio, pois que não resistindo à tentação
de ler o texto logo se apercebeu de que ali estava outro excelente espécime
da lavra do excêntrico fotonovelista, deixou-se
toldar pelo ódio e matou – perdendo-se. |
© DANIEL FALCÃO |
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