Autor Data 2 de Setembro de 2021 Secção Policiário [87] Competição Torneio do Centenário do Sete
de Espadas Prova nº 6 – A Publicação Sábado [905] |
AS TRÊS CHAVES… O Gráfico Este
problema policiário é dedicado com amor e muito carinho aos meus três filhos…
porque está baseado em acontecimentos verídicos! Era uma vez… um rapazinho,
chamado Francisco – um dos três filhos, o primogénito, do famoso Inspetor
Rodriguinho que tinha o dom de encontrar muitos objetos em plena rua…
carteiras, malas, dinheiro, brinquedos, óculos, cartões bancários, relógios,
canetas, maços de tabaco e outras coisas mais… enfim, tudo aquilo de que as
pessoas costumavam esquecer-se e perder nos autocarros… quando estes andavam
superlotados! Descendente de famílias medianas e muito humildes, o rapaz foi
educado com princípios e valores humanos… para devolver os achados às
pessoas… sempre que fosse possível… e ele bem se esforçava por isso e quase
ficava muito doente quando não conseguia descobrir os donos das coisas que
encontrava que normalmente aconteciam muito próximo da sua residência!... Burgau,
finais dos anos 60, o menino Luiz – que mais tarde
se tomaria o célebre e distinto Inspetor Rodriguinho, nas Histórias do
“Policiário”! – com 10 primaveras completas, como
sempre, dirigiu-se à Loja das Crónicas, a Barraquinha do Senhor Zeferino,
situada no maior largo da aldeia, no intuito de procurar mais alguma
história, do ancião, para ler! Ele, que rascunhava os seus escritos em velhas
sebentas, antes de as produzir em obra de livro, numa tipografia que se
situava na cidade de Lagos! O momento era de celebrar a Páscoa e naquele dia
dava-se o seu início com a chegada da Sexta-feira Santa e o Luiz sabia que o
senhor Zeferino, como no Natal, tinha nestas ocasiões uma nova história
pronta… para se ver! Após
solicitação do gaiato, o velho atirou-lhe com uns rabiscos e disse-lhe: “
– Olha… tenho aqui mais uma história, do futuro, que escrevi há poucos dias,
que se passa no ano 1998, no Feijó, uma localidade do concelho de Almada onde
tu, se lá chegares…, e é provável que sim…, estarás!” O
menino, intrigado e algo assustado e também sem ter noção das palavras do
senhor Zeferino…, pegou nas folhas de papel e começou a ler o que estava
escrito nelas… mas primeiro fixou o nome, por sinal muito curto, da suposta
crónica: “AS 3 CHAVES!” Já
não era a primeira vez que o Francisco aparecia em casa dos pais com objetos
encontrados na rua e naquele dia… achou uma carteira! Chegou a casa, cansado,
vindo da escola, tinha sido dia de preparação física e entregou o “achado” ao
pai, o Inspetor Rodriguinho! Este verificou e disse-lhe: –
Vamos abrir a carteira, em conjunto, e verificar o conteúdo! Assim
foi feito. Na presença de todos, lá em casa do Francisco, observaram que a
carteira tinha apenas 20 euros e um papelinho escrito com o nome de uma
senhora e o número do prédio e do andar em que vivia! Logo chegaram à
conclusão de que o “produto” do achado era pertença de uma vizinha do
edifício ao lado do deles! O progenitor virou-se para o filho e disse-lhe: –
Agora vai descer – moravam num 1º andar – e entregar a carteira, com o
dinheiro, à vizinha! Tocas à campainha e entregas-lhe a carteira. O
Francisco assim fez, mas o pai reparou que o rapazinho tinha voltado a casa
um pouco tristonho… e perguntou-lhe: –
Então, correu tudo bem? –
Sim, pai – respondeu o Francisco e proferiu: – Toquei à campainha, abriram-me
a porta, subi as escadas (a vizinha, já anciã, morava num 2º andar)
perguntei-lhe se a carteira era dela… disse-me que sim, com um “ai… que
alívio! Já andava à procura dela!” e nem obrigado me disse! Quase me bateu
com a porta de casa, na cara! Bolas! –
O pai serenou o filho e disse-lhe com voz tranquila: –
Não te preocupes! Nunca te canses de praticar o bem! Um dia serás
recompensado!... Num
dos dias seguintes, também ao regressar da Escola – o Francisco iniciara o 7º
Ano de escolaridade –, mesmo à porta de casa, olhou para o chão e viu um
grupo de chaves! Apanhou o porta-chaves e verificou que era composto por três
chaves e um corta-unhas! Uma… muito comprida provavelmente seria a chave de
alguma entrada na casa de alguém; uma de tamanho médio, talvez a chave da
porta de entrada de algum prédio daquelas imediações; e ainda outra pequenina
que seria, de certeza, uma chave de recetáculo! O
Francisco, desta vez, de pensamento perspicaz e ligeiro, não levou os objetos
encontrados para a sua casa e decidiu-se a descobrir, por ele próprio, quem
seria o dono ou a dona do porta-chaves encontrado, no intuito de lhes
entregar o que achou! Com a chave do meio, em tamanho, começou a introduzi-la
nas várias portas de entrada, nos edifícios vizinhos… e logo à terceira
tentativa abriu uma porta! A chave serviu! Certamente… que seria ali, naquele
lugar, que residia o dono ou a dona do porta-chaves que achou! Entrou no átrio
e fechou a porta que dava para a rua. E…
é nesse momento que se interrompe o Problema Policiário… “As 3 Chaves!” para
lançar o desafio aos leitores Policiaristas!
Pergunta-se: –
Na posse das 3 Chaves… qual seria o próximo procedimento a efetuar pelo
Francisco? –
Desafio o Leitor a escrever, como resposta…, o final da história! –
A narração do texto contém um erro… pergunta-se: – Qual é? |
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© DANIEL FALCÃO |
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