Autor Data 4 de Novembro de 2021 Secção Policiário [96] Publicação Sábado [914] |
O 13º CASO!... Sete de Espadas Sabendo quanto
eu me interessava por enigmas policiais, o meu grande amigo e mestre Alexis Smith, detetive particular de Londres, um dia
enviou-me uma carta com o seguinte caso “Local do
crime: Num arruamento, de terra encharcada, no jardim da vivenda Dália, a
cerca de 100 metros da porta principal e a poucos metros da porta do fundo do
jardim. A vivenda enquadrada por ruas. Posição do
corpo: Estendido de costas, envergando uma gabardine
cinzenta e, junto à cabeça, o sangue manchava de vermelho a terra mole. Perto
dos pés, um chapéu também cinzento. Relatório
médico: O tiro fora disparado a curta distância, chamuscando os cabelos a
bala penetrara obliquamente de trás para a frente, um pouco acima do
occipital e saíra junto ao maxilar inferior. A morte fora instantânea e
ocorrera cerca das 10 horas. Declarações
dos suspeitos: Melvyn – Discutira violentamente, na noite anterior,
com Ted (o morto) por ciúmes duma colega. Tivera
aula das 9h às 11h. Saíra das 10 às 10h15 e recusara-se a dizer onde fora. Karter: Pela janela do seu quarto no 1º andar, viu a
cena, que foi rápida. Por entre os arbustos dois vultos; o da frente volta-se
rápido, agacha-se, atacando; defendendo-se, o outro desvia-se, um braço
ergue-se rápido, volta a descer, um tiro soa na manhã cinzenta, e o corpo cai
com um baque surdo sobre a terra mole… corre rápido; nada há a fazer ao
corpo, e persegue o assassino que lhe pareceu Melvyn…
Corre na rua deserta até à próxima esquina da direita e esbarra com Thompson que pacatamente vinha em sentido contrário… Tompson declara: esbarrara com Karter
e depois de saber o que acontecera foram ambos ver o corpo. Saíra da aula às
10 horas. Observações
gerais: O estabelecimento de ensino, que todos frequentavam, situava-se a
cerca de 550 m; os quatro possuíam o mesmo físico, as mesmas gabardines cinzentas… e, até os mesmos sapatos…; no
arruamento havia várias pegadas nos dois sentidos: não havia sinais de luta; afinal,
Thompson faltara à aula das 9 às 10 horas.” A carta
findava com o pedido de resolução, mas como não fui capaz venho pedir aos
amigos uma ajudazita dizendo-me: 1 – Quem matou
Ted? 2 – Por que
pensa assim? |
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© DANIEL FALCÃO |
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