Autor Data 15 de Abril de 2021 Secção Policiário [67] Competição Torneio do Centenário do Sete
de Espadas Prova nº 3 – C Publicação Sábado [885] |
A IRMANDADE DO “7” Sete Vidas Estranha
forma de vida a daquele grupo de pessoas que se irmanavam em torno do número
“7”. Primeira
exigência, todos tinham de ter nascido num dia 7, de um mês 7, de um ano
terminado em 7. Segunda
exigência, aceitar a liderança do confrade que
reunisse mais “7” na sua data de nascimento e se houvesse mais que um, o
desempate seria pela maior aproximação às 7 horas, 7 minutos e 7 segundos, na
hora de ver a luz do sol pela primeira vez, de acordo com qualquer documento
que apresentasse, da maternidade ou outro. Assim
ficou líder o Felisberto, nascido em 7/7/1977, sem precisar de qualquer
desempate, por ser o único nessa data. No
almoço comemorativo de um dos grandes eventos da irmandade, estavam presentes
7 confrades: o Telmo e a Narcisa, nascidos em 1997, o Sobreiro, nascido em
1987, a Marília, nascida em 1967, a Teresa e o Fonseca, nascidos em 1957, para
além do líder, Felisberto. A
certo momento, já tarde avançada, fez-se um intervalo e cada um foi fazer as
suas necessidades, consultar os emails ou as chamadas telefónicas e, no regresso à sala,
notaram a ausência do líder, cuja demora prolongada desencadeou a sua
procura. Estava
morto no seu escritório de líder, com uma faca espetada nas costas. Chamada
a polícia, rapidamente verificou que a morte não foi imediata e conseguiu
deslocar-se alguns metros, antes de cair definitivamente. Na
sua mão direita, segurava um pedaço de papel que certamente dava uma pista
para chegar ao assassino, que apenas poderia ser um dos restantes comensais,
porque não podia haver mais ninguém… A
pergunta é óbvia: Quem
matou o líder? Porquê? |
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© DANIEL FALCÃO |
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