Autor Data 12 de Agosto de 1982 Secção Mistério... Policiário [364] Competição Torneio
“Do S. Pedro ao Natal” - 82 Problema nº 3 Publicação Mundo de Aventuras [461] |
O CASO DO ROUBO NA VIVENDA AMARELO Taka Takata Como
em todas as Segundas-feiras, o comissário Saraiva partiu para a esquadra paro
enfrentar mais um dia de trabalho… Agora… vamos encontrá-lo no seu gabinete
particular, resmungando para si mesmo: –
Que raio de esquadra esta!!! Nem sequer tem um
ventilador para refrescar este gabinete!!! – ao mesmo tempo que dizia isto ia desapertando o nó da
gravata e desabotoando o primeiro botão da sua camisa branca. Passados
momentos ouve-se uma pancada rápida e a porta abre-se, surgindo um sargento
com um ventilador na mão esquerda e segurando e maçaneta da porta com a
direita: –
Posso? – perguntou o sargento, entrando logo a
seguir. –
Até que enfim!!! Estava a ver que nunca mais
chegavas, Diogo!!! – proferiu
o comissário em tom reprovador. É
nesse momento que toca o telefone… –
Está?… Sim… Pois… Estaremos aí dentro de 20 minutos! – exclamou
o comissário depois de ter atendido. –
Bem… mais um roubo! Toca a andar para a vivenda Amarelo – disse para o
sargento sem qualquer entusiasmo na voz. Passados
20 minutos, aproximadamente, lá estavam no vivenda
Amarelo… –
Pois bem! Pode dizer-nos o que aconteceu? – inquiriu
o comissário ao Daniel Amarelo, que era o dono da vivendo. –
Estava a fazer umas escritas aqui no meu escritório quando oiço uns ruídos no
corredor ao lado. Como o pessoal estava de folga, achei estranho e fui
averiguar! Qual não foi o meu espanto quando deitei a cabeça fora da porta
para o corredor e… levei uma terrível pancada na cabeça, pondo-me logo
inconsciente! Acordei amordaçado e amarrado a esta cadeira – disse, apontando
para uma cadeira estofada que fazia parte do conjunto da secretária, com umas
cordas por cima desta. – Foi às 16.20 horas que acordei e logo a seguir
surgiu o meu criado que tinha voltado mais cedo, da folga! Só depois é que vi
que tinham aberto e roubado o cofre… –
Hum! Hum! – fez o comissário dirigindo-se para a
porta e abrindo-a. – Chamem o criado! – disse para o
polícia que ali estava. E voltando-se em seguida para Daniel Amarelo, pois
este perguntava-lhe: –
Posso ir para o meu quarto, comissário? É que estou muito abatido, depois de
tudo isto! O
comissário acenou com a cabeça e afastou-se um pouco da porta para lhe dar
passagem. Olhou-o com uma certa inveja, pois Daniel Amarelo vestia um fato de
bom corte, claro, leve e sem nenhum vinco! Não havia dúvida que vestia com
muito bom gosto. Passados
alguns instantes surge o criado, de nome José Fontes, que declarou: –
Como hoje é o meu dia de folga saí de manhã, vindo às 16 horas. Estive na
cozinha cerca de 20 minutos e lembrei-me, depois de vir perguntar se o sr, Daniel queria alguma coisa. Qual não é o meu espanto
quando encontro o patrão amarrado à cadeira que nem um chouriço e amordaçado
e… o cofre aberto sem nada dentro!!! Corri para o
patrão e dei-lhe umas pequenas bofetadas, pois estava inconsciente!
Seguidamente tirei-lhe as cordas e a mordaça! É tudo. O
comissário olhando à volta do escritório não encontrou o que procurava, e por
isso perguntou ao criado: –
Tem horas? Este,
um pouco surpreendido, disse-lhe as horas e retira-se, deixando o comissário
entregue aos seus pensamentos. Um
pouco mais tarde este chama um polícia e diz-lhe: –
Vai dizer ao sargento Diogo para levar o sr. Daniel
Amarelo e o seu criado, para a Judiciária, para novos interrogatórios… Pergunto: 1
– Quem acha que é culpado? 2
– Explique convenientemente as razões da sua escolha. |
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© DANIEL FALCÃO |
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