Autor Data 11 de Dezembro de 1975 Secção Competição Policiário nº 8 Publicação Mundo de Aventuras [115] |
UM CRIME EM COIMBRA Tony Cooper Dia
13 de Junho de 1974. César Costa, inspector da Polícia
encontrava-se em Coimbra onde tinha sido cometido um crime nesse dia.
Existiam 4 suspeitos: Os
suspeitos eram sobrinhos da vítima: Vítor
Martins, 45 anos, advogado; Fernando
Martins, 41 anos, comerciante com estabelecimento de perfumarias e
drogarias; José António Lemos, 36
anos, fora casado com uma sobrinha da vítima, hoje viúvo, serralheiro; e Alfredo Martins, 33 anos, oficial do
Quadro do Exército com 2 campanhas no Ultramar. A
vítima, Abílio Rosa Martins,
emigrante do Brasil, onde fizera fortuna. No seu testamento, legava todos os
seus bens aos sobrinhos, em partes iguais. Foi encontrado em sua casa com o crânio
fracturado, proveniente de uma forte pancada na
nuca com objecto ou ferramenta de material rijo.
Foi morto entre as 10,30 e as 11 horas. O
inspector ouviu os suspeitos, um de cada vez. Vítor Martins
disse: –
Eu saí de casa pelas 9 horas e dirigi-me a casa de uma velha conhecida com
quem mantenho relações. Eram cerca de 10 horas quando juntos fomos até uma
quinta que possuo a 40 quilómetros da cidade. Estivemos lá até às 16,30, hora
a que regressamos. Fernando Martins
por sua vez, contou: –
Eu estive desde as 9 até às 10 horas em casa, no meu escritório arrumando
umas contas. Depois fui ao Banco depositar algum dinheiro e 3 cheques.
Permaneci no Banco talvez uns 20 minutos, seguidamente passei pelo café onde
estive com uns amigos até às 11,30, quando me foram dar a notícia da morte de
meu tio. José António Lemos,
dos quatro era o que vivia com mais dificuldade financeira, contou da
seguinte forma: –
Saí de casa pelas 8,30 horas e fui à pesca até ao rio, onde estive até as 13
horas. A essa hora vim almoçar. Quando cheguei deparou-se-me o triste espectáculo. O
inspector ainda perguntou: –
Foi sozinho à pesca ou acompanhado? –
Fui sozinho. –
Disse a alguém que ia à pesca? –
Não, não disse a ninguém. Alfredo Martins,
o mais novo, contou: –
Presentemente encontro-me de licença. Levantei-me pelas 9 horas e pouco. Fui
ao café onde estive pouco tempo. Depois dei umas voltas pela cidade e fui
jogar uma partida de bilhar com uns amigos, desde as 11 às 12 horas.
Seguidamente vim para almoçar, quando me deram a notícia da morte do meu tio. Depois
de ouvir os suspeitos, o inspector passou a mão direita
pelo rosto, enquanto a mão esquerda pousou na cintura, no flanco esquerdo, e
ficou pensativo. Passados poucos minutos, voltou-se e disse, enquanto apontava. –
Prendam esse homem. Ele é o assassino! Pergunta-se: 1
– Quem é o assassino? 2
– Como foi que o inspector descobriu? |
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© DANIEL FALCÃO |
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