Autor

Vítor Hugo

 

Data(s)

Outubro de 1976

 

Secção

Enigma Policiário [7]

 

Competição

Torneio de Abertura

3º Problema

 

Publicação

Passatempo [29]

 

 

Solução de:

MISTÉRIO EM BERLIM

Vítor Hugo

Apresentada por Viróbico

 

Estudado o caso, facilmente cheguei à conclusão de que houve homicídio, sendo o recepcionista o assassino.

Eis as razões da minha afirmação:

– «Peguei no telefone e, rapidamente, pedi ao recepcionista para chamar a polícia, pois tinha um morto no quarto». (Repare-se que, neste telefonema, Vítor Hugo NÃO FAZ qualquer referência à arma do crime.)

Todavia, o Inspector, antes de ver o corpo da vítima, fez a seguinte observação:

– «ESPERO QUE NÃO TENHA MEXIDO NA FACA!».

Ora, se Vítor Hugo não tinha feito tal referência, como poderia o Inspector saber da existência da faca? Seria ele, Inspector, o assassino? Não! E porquê? Porque entre ambos, Vítor Hugo e Inspector, nasceu uma sã amizade, ao ponto de, em posteriores viagens, Vítor Hugo ter de fazer paragem e visita obrigatória ao Inspector. Neste caso, o Inspector fica ilibado de culpas, já que Vítor Hugo jamais faria amizade com um assassino, nem o visitaria na prisão.

Assim, como é fácil de ver, o assassino é o recepcionista, visto ter sido ele quem divulgou a existência da faca. E, como Vítor Hugo não tinha feito referência ao facto, é mais que lógico que o assassino é o recepcionista, pois que, além de Vítor Hugo, só o verdadeiro assassino poderia saber que houvera crime (apenas havia sido comunicada a existência de um morto no quarto) e qual a arma com que o mesmo foi cometido.

© DANIEL FALCÃO