FELICIDADE
É A VIDA (O QUE É
QUE SE HÁ-DE FAZER?) (…) BORDA
D'ÁGUA DO CONTO CURTO - 2018 BORDA
D'ÁGUA DO CONTO CURTO - 2019 BORDA
D'ÁGUA DO CONTO CURTO - 2020 |
FELICIDADE Acordou,
devagarinho, com os primeiros raios de sol. Esfregou os olhos, meio ensonado,
e pensou como era agradável começar o dia desta forma
quente e tranquila. Sem pressas, alongou os músculos e preparou-se.
Saiu. Estava decidido: iria a dar um passeio sem destino. O dia estava
magnífico. No pequeno bosque, que despertava, tudo tinha um brilho especial.
Era o que costumava ouvir dizer: a natureza em todo o seu esplendor!
Tencionava vasculhar cada arbusto, cada tronco de árvore, cada… Enfim, tudo
que pudesse ser vasculhado e onde os seus olhos castanhos curiosos conseguissem
encontrar qualquer coisa de diferente e inesperada. De súbito, um
silencioso ruído de um ramo seco a quebrar-se fê-lo parar. Seria algum
animal? Teria razão para ficar assustado? A dúvida instalou-se. Recomeçou a
caminhada, mais atento a qualquer sinal. Parecia que alguém o seguia pelo
estreito carreiro. A dúvida cresceu. Tentou esquivar-se entre as silvas, mas
uns passos miúdos insistiam na perseguição. Neste ponto a dúvida abandonou-o.
Estava a ser perseguido por várias criaturas pequenas. Procurou abrigo sem
sucesso. Sentia-se acossado. Sentia-se uma presa prestes a ser descoberta por
quem o caçava. De repente, um clarão iluminou-lhe a mente e descontraiu por
completo. Como era possível ter-se esquecido? Era domingo? Domingo, 20 de
abril. Todas as crianças o procuravam. Claro! Afinal de contas ele era o
coelho da Páscoa! Fontes: Blogue Repórter de
Ocasião, 31 de Agosto de 2025 Borda
D’Água do Conto Curto, Edições Fora da Lei, Ano de 2025 |
© DANIEL FALCÃO |
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