Data: 12 de Fevereiro de 2007 Torneio Sete de Espadas
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TORNEIO SETE DE ESPADAS SOLUÇÃO DA PROVA Nº 1 MISTÉRIO NO PARQUE Autor: Rip
Kirby O autor do espancamento
que provocou a morte de Joaquim Fonseca foi o António Sebastião. Como nos devemos
recordar, aos suspeitos apenas foi perguntado por onde andaram e o que
fizeram na noite de 28 para 29 de Novembro. Sebastião, no entanto, teve o
cuidado de mencionar que nessa noite não se havia aproximado do Marquês, o
que equivale a dizer que sabia que tinha sido chamado à Polícia por algo que
acontecera nas proximidades da Praça Marquês de Pombal, que, como sabemos,
confina com o topo sul do Parque Eduardo VII. O facto de
Sebastião ter saído do bar com uma mulher não teria qualquer relevância, se a
mulher em questão, depois de interrogada, não tivesse dado a entender que
fora posta a dormir e não houvesse declarado que não sabia se ele estivera
com ela toda a noite. Verificamos, assim, que Sebastião terá tentado forjar
um álibi, pois havia afirmado que passara a noite com uma garota. Há outro pormenor
que, só por si, não seria de grande importância, mas que, associado aos
anteriores, nos fornece uma boa indicação. Junto do
morto, estava um pequeno bloco de apontamentos e uma esferográfica, o que nos
sugere que ele pretendeu escrever algo que já não conseguiu; talvez o nome do
seu agressor. Então, terá espetado o dedo indicador da mão direita e apontado
para Sul, intencionalmente, parecendo fazê-lo para o monumento erigido
algumas dezenas de metros mais abaixo. Como o topo sul do Parque Eduardo VII
confina com a Praça Marquês de Pombal e o monumento que aí se distingue é o
da estátua do Marquês, temos de ter isso em atenção. Ora, todos sabemos
ou deveríamos saber que o Marquês de Pombal se chamava Sebastião José de
Carvalho e Melo. Portanto, ao apontar naquela direcção,
a vítima deve ter querido indicar o nome do seu agressor: o Sebastião. Finalmente, e como
vimos, o comissário João Saramago havia chegado mal
humorado, talvez devido à hora matinal a que o fizeram sair da cama
num dia frio, mau humor esse que descarregou sobre o agente Ricardo por este
não lhe ter sabido responder a uma pergunta. Reparemos, então, que o agente,
antes de mostrar a sua ignorância, tinha olhado em redor. E porquê? Exactamente porque o comissário lhe perguntara pelo casal
que encontrara o corpo, o qual já se tinha ido embora, sem impedimento nem
identificação por parte do agente, que assim permitiu o desaparecimento de
dois possíveis suspeitos. |
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DANIEL FALCÃO |
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