Autor

A. C. R.

 

Data

Novembro de 1977

 

Secção

Enigma Policiário [20]

 

Competição

I Grande Torneio de Divulgação

4º Problema

 

Publicação

Passatempo [42]

 

 

CRIMINOSO APRENDIZ

A. C. R.

 

Já há tempo que as coisas não corriam bem para Osvaldo Brito. Dois ou três negócios de êxitos negativos tinham-no deixado a «abanar». Pensou na melhor maneira de resolver a precária situação em que a sua desdita o lançara, mas não havia meio de atinar com a ideia salvadora. A preocupação do seu espírito aumentou dia a dia de tal modo que foi quase naturalmente que acabou por admitir o meio mais fácil e menos recomendável: o crime.

No seu cofre, colocado no escritório, havia uma apreciável quantia – o suficiente para o deixar a salvo – que só tinha o defeito de não lhe pertencer, pois estava ali apenas a pedido de um amigo. Mas, com um pouco de astúcia, poderia preparar um golpe que deixaria o outro de boca aberta e a ele de bolsos cheios. E não demorou a pôr a ideia em prática.

Naquela manhã, mal se levantou e vestiu, entrou no escritório e lançou-se ao trabalho de simular um assalto. Abriu o cofre, donde tirou dois maços de notas que foi pôr a bom recato e, em seguida, sobre o tampo da secretária, espalhou o frasco da cola sujando várias folhas sobre as quais colou outras na mais aparente desordem. Abriu as gavetas e lançou o seu conteúdo no soalho.

«Tudo bem», pensou. Pegou no telefone e ligou para a Polícia. Quando o atenderam explicou que durante a noite, por volta das 3 horas, sentira barulho no escritório. Levantou-se para ir ver e foi surpreendido por um assaltante que o agrediu na cabeça. «Caíra desmaiado e sé acordara havia minutos. Tinham-no roubado!» – exclamou.

Os agentes acorreram, prontamente.

Em face do verificado, e depois de examinado o local, o Sr. Osvaldo Brito foi detido.

 

Pergunta-se: Porquê? Detalhe as razões que o levaram a tal conclusão.

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO