Autor

Mr. King

 

Data

Junho de 1977

 

Secção

Enigma Policiário [15]

 

Publicação

Passatempo [37]

 

 

 

 

 

 

 

UM CASO NA INGLATERRA

Mr. King

 

«… A história passou-se um ano após ter terminado a 2.ª Grande Guerra Mundial… Comigo ia um cabo que conduzia uma «GMC» do Exército Britânico. Nunca eu andara tão depressa num carro daqueles; o conta-milhas não descia dos 50…»

Isto contava um primo meu, naturalizado inglês, há já muito tempo, a uma série de amigos que eu reunia na quinta. Sentados debaixo de uma velha árvore, escutávamos com interesse a narrativa.

«…Atrás, na carroçaria descoberta, iam dois soldados, qual deles o mais inquieto. Até mesmo eu ia com certo receio, ansiando por chegar a Londres… O quê Ah! foi a vinte e nove de Fevereiro».

«Se por acaso olhava para trás, unicamente via o soldado Smith. Davis, estava concerteza do outro lado do veículo, nas minhas costas, e, portanto, fora do meu campo visual. Sempre me deram a impressão de não serem bons amigos».

«A correria continuava. Repentinamente, surgiu uma curva à esquerda. Aparecendo um «jeep» em sentido contrário, o nosso condutor foi obrigado a apertar a curva ao máximo. Misturado com o chiar dos pneus ouviu-se um grito, seguido dum bater contínuo no tecto da cabina. O cabo imediatamente meteu travões, indo o carro parar a uns 50 metros da curva.

«Descemos e retrocedemos. Lá estava, mesmo a meio da curva, o corpo ensanguentado do militar: era um dos soldados que seguiam na carroçaria da «GMC». Virando-se para o outro soldado, perguntei-lhe o que acontecera, ao que ele respondeu dizendo ter o seu camarada caído por causa da força que a curva originara. Ele agarrara-se a tempo, mas o companheiro não…»

«Disfarçadamente puxei da pistola, e, apontando-a ao soldado, disse: – Tu empurraste o teu colega da camioneta abaixo…»

João Gomes, um dos presentes, levantou-se e exclamou: – «Meu caro amigo, embora concorde com a sua actuação, sabendo até quem é que nos quer apresentar como culpado, «cheira-me» que tudo isto é pura invenção…»

Pergunta-se: Qual o raciocínio do interpelante e porque razão fez tais afirmações?

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO