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CONCURSO DE CONTOS

MANUEL CONSTANTINO

 

 

XII CONVÍVIO DA Tertúlia Policiária de Lisboa

Almeirim, 17 de Maio de 2015

MEMÓRIA DO CONVÍVIO                                                                  

 

Decorreu com grande alegria o Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade realizado em Almeirim, no passado domingo, 17 de Maio. Os participantes começaram a concentrar-se às onze e meia para, depois, se juntarem num agradável almoço, no qual as honras da mesa iam para Manuel Constantino, o homenageado deste encontro, que acabara de fazer noventa anos e já vai com setenta de dedicação ao policiarismo.

Acabada a refeição, a TPL deu a conhecer o Júri do Concurso de Contos Manuel Constantino, constituído por Domingos Cabral, Cloriano de Carvalho e Joel Lima. Este último, como presidente do Júri, leu a acta e divulgou o nome dos trabalhos e autores galardoados. Receberam Menções Honrosas os contos “A Primeira Vez”, de Detective Jeremias, “Jantar de Família”, de Rigor Mortis, e “Que Tremenda Mariscada”, de Jartur, tendo sido declarado o conto “2”, da autoria de Luís Pessoa, como o grande vencedor do Concurso.

Ainda decorriam os joviais cumprimentos aos premiados, quando Domingos Cabral iniciou um breve discurso de homenagem a Manuel Constantino, que emocionou os presentes bem como o homenageado. Ao mestre foi entregue pela TPL uma placa comemorativa e uma lembrança.

Manuel Constantino não quis deixar de agradecer as palavras que lhe foram dirigidas, fazendo-o da maneira sábia que lhe é reconhecida e que também está patente nas duas últimas obras que preparou, apresentadas precisamente neste Convívio.

Os dois novos livros de Manuel Constantino são “Um Cofre Escancarado”, constituído essencialmente por memórias, e “150 Anos de Mistérios e Crimes Impossíveis na Ficção Policiária” que nos remete para o aliciante tema dos crimes de “quarto fechado”.

 

 

PALAVRAS EMOCIONADAS DE MANUEL CONSTANTINO AOS PRESENTES

 

Estimadas amigas e estimados amigos, bem-vindos à urbe que me viu nascer e crescer.

Fundada por um rei de boa memória, foi palco de relevantes decisões políticas para a elevação de uma pequena nação que se projectava no mundo.

Aqui se instalaram, muito tempo, os reis da 2.ª dinastia, que fizeram da vila a famosa “Sintra de Inverno”, em plena Rota dos Descobrimentos e domínio dos mares.

Cenário de lutas empolgantes pela independência da nação portuguesa, a “Vila Real de Almeirim” de então, é hoje uma cidade de vastos recursos naturais e humanos, em plena lezíria e coração do Ribatejo.

Obrigado por terem vindo.

Sois uma Família que junto à do meu sangue, aqui representada pela minha filha Marília e neta Teresa.

Já afirmei em tempos, que uma homenagem não se pede, nem se recusa: agradece-se…

Não serei mal-agradecido, no entanto sempre vos digo, sou tão digno desta homenagem como a maioria dos presentes. Todos lutamos por ficar entre os melhores, por vezes conseguimo-lo. Essas pequenas vitórias não nos tornam o melhor, certamente. Fazer parte do grupo dos melhores, é bastante!

De resto, o troféu maior, o apetecido, está nas amizades conquistadas: Essas sim, engrandecem-nos, sois o exemplo.

Cumpre-me, porque o sinto, agradecer aos oradores precedentes e aos que sobre mim escreveram. É a prova provada da simpatia aludida.

Saliento, sem ofuscamento dos restantes, o nome de Luís Pessoa, como um homem e uma obra salientes: é precisa muita coragem, muito amor à arte policiária, para dirigir e manter uma secção semanal num jornal como o PÚBLICO, há mais de 22 anos! Nessa secção se têm conquistado novos adeptos e reunido os veteranos.

Louvo, igualmente, a Tertúlia Policiária da Liberdade: um grupo de Amigos que em cada convívio – e já conheço XI – conquista amigos.

Que bela prenda de anos é a vossa presença. Mas, se ser velho dá lugar ao pódio, aceito-o, mas, Amigos, ser velho é um triunfo triste, acreditem.

Sobre os livros publicados, honra-me o empenho da apresentadora, a Detective Jeremias, a quem agradeço: o livro “Um Cofre Escancarado”, não chega a ser uma biografia, foi escrito ao correr da pena, em pouco mais de um mês.

No ensaio sobre o crime impossível, “150 Anos de Mistérios de Crimes Impossíveis na Ficção Policiária”, tive de lhe retirar a parte antológica, a mais saborosa, para evitar os direitos de autor.

Não vou alongar-me, corro o risco de a emoção estragar a oração.

Curvo-me perante vós, com um abraço de infinita gratidão!

 

Manuel Botas Constantino, Almeirim, 17 de Maio de 2015

 

 

CONCURSO DE CONTOS MANUEL CONSTANTINO

 

O Concurso de Contos foi organizado pela Tertúlia Policiária da Liberdade e pretendeu constituir uma peça da homenagem prestada ao confrade Manuel Constantino, também ele um “construtor” de excelentes enredos, que transformou em problemas policiais.

Inserido no programa do Convívio de Almeirim, realizado no passado dia 17 de Maio, a divulgação dos premiados e a subsequente entrega dos respectivos prémios, foi um dos pontos altos do certame.

Foi feita a apresentação do Júri, presidido por Joel Lima, um dos “monstros sagrados” da Literatura Policial, que foi responsável pela célebre Colecção Vampiro e Presidente do Clube Português de Literatura Policial, entre muitas outras actividades em redor do fenómeno policial; Domingos Cabral, sobejamente conhecido como produtor, solucionista e grande dinamizador do Policiário, orientador de inúmeras secções, muitas vezes premiado, incluindo títulos de campeão nacional. Em breve será o editor de antologias que prometem ser um acontecimento muito relevante; Cloreano de Carvalho, outro vulto enorme do policial português, sempre no topo de todas as iniciativas que fizeram grande parte da nossa História Policiária.

A acta, lida pelo presidente do júri, relevou a qualidade dos escritos concorrentes, que fizeram jus ao valor do homenageado, tendo deliberado atribuir as três menções honrosas que o regulamento permitia e o prémio Manuel Constantino, ao vencedor do concurso.

As menções honrosas, sem qualquer valoração especial entre si e que aqui apresentamos por ordem alfabética dos pseudónimos por que são conhecidos os seus autores, foram atribuídas:

– DETECTIVE JEREMIAS, com o conto “A Primeira Vez”;

– JARTUR, com “Tremenda Mariscada”;

– RIGOR MORTIS, com “Jantar de Família”.

Finalmente o prémio principal, com o nome Manuel Constantino, que foi atribuído ao conto de autoria do INSPECTOR FIDALGO/LUÍS PESSOA e que foi entregue pelo homenageado, num momento de particular emotividade.

© DANIEL FALCÃO