PÚBLICO – POLICIÁRIO

 

Publicação: “Público”

Coordenação: Luís Pessoa

 

Data: 3 de Setembro de 2006

 

Campeonato Nacional

Taça de Portugal

2005-2006

 

Regulamentos

 

Prova nº 1

Prova nº 2

Prova nº 3

Prova nº 4

Prova nº 5

Prova nº 6

Prova nº 7

Prova nº 8

Prova nº 9

Prova nº 10

 

Resultados

 

 

CAMPEONATO NACIONAL 2005/2006

 

SOLUÇÃO DA PROVA Nº 10

 

OS ENIGMAS DO HOMEM QUE NÃO EXISTIA…

Autor: M. Constantino

 

Os primeiros elementos a reter são: primeiro o facto do "homem que não existia" julgar reconhecer Simão e este, com a frase "faz sentido", parecer concordar. Segundo, ao atribuir o nome de Tiago em associação com Simão, completa o enigma. Simão e Tiago seriam irmãos bíblicos. Dois factores que levam a deduzir que os homens eram parecidos, até no físico, pois Tiago irá servir-se dos fatos de Simão. Este aproveita-se da semelhança – que a antiga arte de actor (comediante) ajuda – e dos conhecimentos que Tiago, um homem agradecido, lhe transmite constantemente, para se fazer passar por ele (o que o dinheiro faz!) logo que sabe que o companheiro é um homem rico, a ponto de enganar o Dr. Alves (que não conhece bem Tiago) e o Inspector Óscar, que, aliás, interessado pela pintura, não detectou a semelhança quando estes se lhe dirigiram pela primeira vez! Assim, telefona ao inspector para o ir buscar a casa e realiza um pequeno truque: ao passar pela porta aberta do guarda-roupa o espelho deste reflecte a imagem (que é ligeiramente observada pelo Inspector), como se fosse Simão (um álibi).

Ao aparecer o corpo no dia seguinte, privado dos membros superiores e sem rosto, tudo indica que será de Simão, vítima de um dos seus passatempos.

A circunstância da morte dos cães à queima-roupa (apaga testemunhas incorruptíveis) com um tiro na cabeça, que requer aproximação, afasta a hipótese de ser outrem, dada a ferocidade dos cães.

A ovulação das bilhárzias no sangue, sinal de quem percorreu os rios orientais, aponta para Tiago/Diogo, um ex-soldado americano, evacuado do Vietname. Mas, se dúvidas houvessem, bastaria o legista encontrar a escoriação na cabeça de que resultou a amnésia-regressiva.

Mas o primeiro grande erro de Simão é pegar no vaso de antúrios e colocá-lo no lugar ao sol, dizendo que é o seu lugar, pois a flor em questão não suporta os raios do Sol, numa janela voltada a nascente.

Resolvido o primeiro enigma, vamos ao segundo e terceiro(?). A venda de cópias de Mona Lisa é um caso verdadeiro! A hábil imitação era colocada por detrás do original. O cliente recebia a encomenda e lá encontrava o seu sinal secreto. Ninguém o convencia de que era uma cópia realizada pelo hábil Chaudron. É conhecido que Da Vinci, quando pintava, segurava o pincel na mão esquerda e passava os dedos da mão direita sobre a pintura, para conseguir determinados efeitos. As impressões digitais tornaram-se a forma eficiente de autenticar os seus quadros. Basta compará-los com outros, do genial pintor…

 

 

© DANIEL FALCÃO