PÚBLICO – POLICIÁRIO Publicação: “Público” Coordenação: Luís Pessoa Data: 2 de Julho de 2006 |
||
Campeonato Nacional Taça de Portugal 2005-2006 |
CAMPEONATO NACIONAL 2005/2006 SOLUÇÃO DA
PROVA Nº 8 ANTÓNIO, ANTONINO, ANTÃO E ANTONIETA Autor:
Paulo É necessário identificar os dois irmãos sobreviventes. O primeiro a falar é o Antão, e o segundo será, obviamente, o Antonino. Se o Antonino fosse o primeiro a responder, diria que era o Antonino, e o irmão para mentir, referiria que ele dissera que era o Antão. Sendo o Antão aquele a quem fora feita a primeira pergunta, responderia que era o Antonino, e o irmão, que falava sempre a verdade, referiria que ele tinha dito que era o Antonino. Perante a resposta dada pelo segundo, temos a possibilidade 3. Sendo assim, quem ficou no corredor, podendo ver as duas portas, foi o Antonino, que, como fala sempre verdade, elimina o Antão de ter cometido o crime. Como o Antonino fala sempre verdade também não seria ele a cometer o crime. A contribuir para a conclusão anterior acresce o facto de se poder saber que quem matou o António teve que ser a Antonieta. Ela, desde que chegou, esteve sempre na cozinha. Entrou directamente da cozinha para a sala e descobriu o corpo. Por outro lado, é dada a informação que a porta que dava da cozinha para a sala estava fechada, tendo o cadáver a cabeça encostada à porta. Com esse cenário, seria impossível a Antonieta passar da cozinha para a sala. Teria que arrastar o corpo para poder entrar, e a cabeça já não ficaria encostada à porta. É óbvio que ela teria que já estar na sala quando o crime foi cometido, e nesse caso teria sido ela, pois, com o cadáver encostado à porta, também mais ninguém poderia sair para a cozinha e as outras portas estavam sob a vista de Antonino. Motivos? Talvez o “donjuanismo” de António tivesse sido um pouco exacerbado e Antonieta não tivesse gostado. |
|
© DANIEL FALCÃO |