Publicação: “Público”

Data: 24 de Julho de 2011

 

 

Campeonato Nacional 2011

Taça de Portugal 2011

 

Provas

 

 

Parte I

1

Parte II

 

 

Parte I

2

Parte II

 

 

Parte I

3

Parte II

 

 

Parte I

4

Parte II

 

 

Parte I

5

Parte II

 

 

Parte I

6

Parte II

 

 

Parte I

7

Parte II

 

 

Parte I

8

Parte II

 

 

Parte I

9

Parte II

 

 

Parte I

10

Parte II

 

 

 

 

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2011

 

SOLUÇÃO DA PROVA Nº 6 (PARTE II)

 

O DOURO TEM MUITAS PONTES

Autor: Paulo

 

O que se pode concluir do texto?

1 – O assassino teve que entrar no quarto antes de a câmara ser ligada e sair quando houve a falha de corrente eléctrica.

2 – Não era possível em menos de um minuto, a alguém que estivesse fora do quarto, aproveitar a escuridão para abrir a porta, que estava fechada, entrar, estrangular e sair. Haveria grande risco de ser apanhado.

3 – Como o assassino entrou antes de a câmara ser ligada, o Miguel fica excluído.

4 – Para sair, após ter estrangulado o Ferreira, o assassino usou o fio, com as pontas desprotegidas para provocar um curto-circuito no circuito de iluminação, deixando as marcas da descarga eléctrica no cabo condutor. Antes já teria colocado a chave na porta.

5 – Quando a luz se apagou e o Miguel saiu do seu local de vigilância, o assassino abriu a porta e saiu.

6 – O Xavier, embora pudesse ser o assassino, tinha poucas probabilidades de ser bem-sucedido devido ao ferimento. Além disso a saída do quarto às 4 horas, aumentava as possibilidades de ser descoberto pelo Jacinto ou pelo Miguel.

7 – Embora pudesse fisicamente matar o Ferreira, o Fabrício também não escolheria as 4 horas para sair do quarto pelas mesmas razões atribuídas ao Xavier. Seria a hora com maior probabilidade de ser apanhado por dois dos vigilantes estarem levantados e em movimento na casa.

8 – O Jacinto chegou logo após a luz ter voltado e verificou que a porta estava fechada. Essa é a palavra dele. No entanto, às 8 horas, quando entrou no quarto a gravação mostra-o a rodar a maçaneta sem tentar abrir a porta. Porquê? Porque sabia que estava aberta. A verificação que ele fez quando chegou às 4 horas foi falseada. Ele estava dentro do quarto e não tivera tempo de fechar a porta ao sair. Por isso, surgiu imediatamente, fingiu que vinha do quarto e falseou a verificação da porta, indicando que estava fechada.

Mais tarde abriu-a sem usar a chave porque sabia que não precisaria dela.

Ele é o assassino: C – Jacinto

Eis uma sequência dos acontecimentos:

– Entrou antes de ligar a câmara. Escondeu-se num armário, ou provavelmente debaixo da câmara, que se sabe, através do narrador, ser um esconderijo possível.

– Depois de ver que o Ferreira dormia estrangulou-o com o fio.

– Perto das 4 horas usou o fio descarnado nas pontas e provocou um curto-circuito, num local já previamente estudado, deixando marcas no fio.

– Guardou o fio no bolso.

– Abriu a porta, onde previamente colocara a chave, para maior rapidez, saiu e fechou a porta só com o fecho para ser mais rápido.

– Esperou na escada que desembocava do lado do quarto a chegada do Miguel no outro topo do corredor e apareceu.

– Fez a falsa verificação da porta, fingindo que se mantinha fechada à chave.

– Às oito horas abriu a porta, sem tentar usar a chave e esse acto incriminou-o, porque sabia que ela estava aberta.

– Mais tarde desfez-se da arma do crime.

© DANIEL FALCÃO