Publicação: “Público”

Data: 18 de Setembro de 2011

 

 

Campeonato Nacional 2011

Taça de Portugal 2011

 

Provas

 

 

Parte I

1

Parte II

 

 

Parte I

2

Parte II

 

 

Parte I

3

Parte II

 

 

Parte I

4

Parte II

 

 

Parte I

5

Parte II

 

 

Parte I

6

Parte II

 

 

Parte I

7

Parte II

 

 

Parte I

8

Parte II

 

 

Parte I

9

Parte II

 

 

Parte I

10

Parte II

 

 

 

 

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2011

 

PROVA Nº 9 (PARTE II)

 

BRANCA DE NEVE

Autor: Branca de Neve

 

Eu juro, juro por tudo quanto há de mais sagrado que nada tenho a ver com este caso. Chamo-me Rosa, mas todas as minhas amigas me tratam por Branca de Neve. Não sou possuidora de qualquer predicado que me faça diferente das minhas amigas, mas a verdade é que todas me invejam. Não tenho nada, mas todas elas querem ter esse nada que eu tenho.

As minhas amigas mais chegadas, todas têm nome de flores. São a Dália, a Margarida, a Hortência e Violeta.

O meu namorado chama-se Manuel, mas usa a alcunha de Cravo. Todas as minhas amigas queriam para elas o meu Cravo.

Naquele dia de Novembro o Cravo apareceu morto. Não se pode dizer que fosse por falta de água. O dia inteiro esteve a chover. A arma que serviu para o matar foi um corta papel, que lhe perfurou o estômago. O cabo rendilhado definia-o como um objecto de uso feminino.

Nomeado para deslindar o caso, o comissário José Maria concluiu que o crime havia sido praticado por uma mulher, e indicou o meu nome e o das minhas quatro amigas mais chegadas.

Nas declarações que prestámos, eu disse que tinha passado o dia na igreja ajudando na sua ornamentação para a festa do senhor Orago; para além do padre tinha o testemunho das outras senhoras que estiveram fazendo o mesmo.

A Dália disse que andara durante algumas horas correndo junto ao mar. Andava a preparar-se para participar numa prova de atletismo.

A Margarida disse que tinha passado todo o dia em casa de Hortência.

Hortência confirmou o álibi da Margarida e disse que tinha passado o dia com esta.

Violeta afirmou que à hora do crime estava na Biblioteca Municipal a consultar uma biografia de São Martinho.

Como já afirmei, juro por todos os santos do Reino dos Céus, que nada tenho a ver com este crime. Assim, das outras raparigas que o comissário indicou, qual delas terá sido a assassina?

 

A – A Margarida

B – A Hortência

C – A Violeta

D – A Dália

 

© DANIEL FALCÃO