Publicação: “Público” Data: 17 de Novembro de 2013 Campeonato Nacional 2013 Taça de Portugal 2013 Provas
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CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2013 SOLUÇÃO DA PROVA Nº 9 (PARTE I) MERGULHO NA ESCURIDÃO Autor: Marcelo Campos A vítima não era cega – fazia-se – uma vez que reconheceu o Inspector Bravomonte antes de morrer. As suas últimas palavras assim o indicam “Ins…tor Bra…”) e lembremo-nos que Eduardo não se identificara após entrar na cabine, e que, quando chegou junto da vítima sentiu que “esta não lhe seria desconhecida”, decerto por esta já ter sido presa e julgada por desfalques e, portanto, ter passado pela polícia. Não a terá identificado uma vez que se apresentava agora com “óculos pretos e com uma bengala de cego.” E não sendo cego e sabendo ler (fora contabilista) teria lido a inscrição na porta do elevador. Aliás já subira pela escada os três andares, uma vez que se desconhece a existência de outro elevador (que também não foi usado pelo comerciante, como teria sido natural se um segundo existisse, quando subiu com o polícia para despir o pijama. Não sendo cego não arriscaria um mergulho na escuridão, tanto mais que prometera voltar (talvez para continuar a chantagem). Foi empurrado gentilmente pelo antigo patrão levando na mão a única coisa que conseguiu agarrar na queda – o botão do pijama (grande e branco, com um bocado de linha). A busca do Inspector destinava-se a encontrar um pijama sem botão
para completar a prova incriminatória, tanto mais que, não se encontrando
mais ninguém naquele andar (o Inspector “bateu a
todas as portas”) aquele botão só podia provir da única pessoa que nele
estava, por ocasião do acontecimento – o comerciante. E de um pijama, porque
era assim que ele se encontrava vestido, quando o polícia chegou junto dele.
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DANIEL FALCÃO |
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